(Arquivo JP)

Sobre as afirmações contidas no artigo de Tião Lucena, o secretário de Saúde do município de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio (foto), disse ao blog que são absolutamente improcedentes e baseadas na mais completa desinformação.

Lembrou que a destinação do Arlinda Marques aos procedimentos de alta complexidade foi pactuada entre Prefeitura de João Pessoa e Governo do Estado desde a gestão de Waldson de Souza na Secretaria Estadual de Saúde, no primeiro mandato de Ricardo Coutinho como governador.

O problema, complementa Fulgêncio, está no fato de o hospital do Estado manter um ambulatório (que faz pronto atendimento em pequenos procedimentos, como nebulização), serviço que nada tem a ver com alta complexidade. Daí a superlotação, agravada, ainda conforme o secretário, por falta de gerenciamento de leitos e ausência de classificação de risco dos pacientes que se dirigem ao Arlinda.

Significa que se uma criança for levada para aquele hospital com uma gripe, por exemplo, deve ser encaminhada para outra unidade da rede pública aparelhada para atender à média e baixa complexidade, e não ocupar um leito que deve ser reservado, também por exemplo a uma criança que precisa fazer uma cirurgia cardíaca, procedimento que é de fato de alta complexidade.

O secretário municipal de Saúde também negou que o serviço pediátrico do Hospital de Mangabeira tenha sido desativado pela atual gestão da PMJP. O que houve, garante, foi uma readequação. A ala passou a ter foco na ortopedia, um ajuste ao perfil do hospital, que é “de adultos”, nunca foi “infantil” e, portanto, não deveria atender crianças.

Sob essa visão e raciocínio, Fulgêncio estuda a possibilidade de transferir o atendimento em ortopedia de Mangabeira para o Valentina, onde o hospital municipal lá instalado é realmente um “hospital infantil” e, como prova de disposição para ajudar na solução da crise do Arlinda, reservou cinco leitos a pacientes que procuram o hospital do Estado e não são atendidos por falta de vagas.