Pouco mais de um quinto das mulheres paraibanas de 50 a 69 anos faz ou consegue fazer mamografias no Sistema Único de Saúde (SUS). É o que revela pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), mostrando, contudo, que a cobertura mamográfica cresceu na Paraíba – pouco, mas cresceu – entre 2013 e 2015, ao contrário do que ocorreu na maioria dos estados brasileiros.
No Estado, pelo SUS, em 2013 foram 37.752 exames realizados (cobertura de 20,5%). Em 2015, 41.569 exames (cobertura de 21,3%). Os números colocam a Paraíba em terceiro lugar no Nordeste em matéria de cobertura mamográfica, superado apenas por Pernambuco e Bahia. Apesar de percentual tão preocupante, o quadro é bem melhor do que o do Distrito Federal (1,5% em 2015), do Acre (6,1%) e do Amapá (3,9%).
Os números do DF são surpreendentes. Lá, 52 mil mamografias foram realizadas em 2014 e apenas 7, 6 mil em 2015. “Os números de 2014 são atribuídos à terceirização de um serviço de unidades móveis, cujo contrato não foi renovado no ano seguinte. Esse serviço ajudou a aumentar o número de exames e as mulheres não precisavam de pedido médico, porém, após receber o laudo, não tinham um acompanhamento para diagnóstico e tratamento, caso fosse necessário”, revela nota da SBM.
“A Sociedade Brasileira de Mastologia defende um tratamento digno e rápido para mulheres com queixas mamárias e, de uma forma muito especial, para aquelas que têm suspeita ou diagnóstico de câncer e que sofrem nas filas ou por falta de acesso. Também defende o rastreamento digno para todas as mulheres, com serviço próprio para mamografias, biopsia e diagnóstico, além de um corpo clínico de profissionais específicos para trabalhar com mama. Somente desta forma será possível evitar reduzir o número de casos avançados e da mortalidade”, complementa a entidade.
- Com Heron Valadares, da Contextual Comunicação
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