Após publicação de denúncia da Associação Paraibana de Deficientes (Aspadef) contra instituições que estariam usando o nome da entidade de forma indevida para conseguir doações em dinheiro, o empresário Sílvio Renato Carvalho, apontado como líder do esquema, apresentou sua versão ao Blog.
Ele responde pela Solidária Telemarketing e Serviços Ltda, empresa que prestou serviços à Aspadef entre os anos de 2007 a 2015 e é apontada como beneficiária dos recursos obtidos através de doações. Carvalho rebateu todas as declarações feitas por Iber Câmara, presidente da Aspadef.
Ao mesmo tempo que se defende das acusações, Carvalho questiona o destino de R$ 348 milhões recebidos em doação pela Aspadef. “Dessa quantia, nenhum valor foi descontado em favor da Solidária, destacando que esse valor foi conseguido por doação do Ministério Público do Trabalho em outubro de 2013, ficando o dinheiro na conta da Aspadef, aplicado na conta da Aspadef, dessa data até janeiro de 2015, não sabendo a Solidária qual destino foi dado a esses recursos gerenciados pelo senhor Iber”, revelou.
Segundo Carvalho, “com o encerramento da prestação de serviços, a Solidária entregou todo o material que tinha de propriedade da Aspadef, não utilizando mais nos serviços de telemarketing o nome da Aspadef”. A causa para o rompimento do contrato teria sido a suspensão do atendimento de aproximadamente 120 pessoas pela Aspadef, fato que teria ocorrido em janeiro de 2015, conforme explicações do empresário.
Carvalho disse ainda que “a Solidária, até a presente data, não recebeu do Tribunal de Justiça nenhuma denúncia formal para apresentação de defesa, sendo constatado no processo administrativo a plena prestação de serviços assistenciais pela Associação Nova Vida”. Com essa declaração, ele afirmou desconhecer qualquer processo judicial contra ele e a instituição.
Outro ponto contestado por Carvalho diz respeito à declaração de Iber Câmara de que rompeu o contrato com a Solidária porque a empresa queria aumentar de 70% para 80% o percentual de lucro com as doações. “Na realidade, conforme notificação extrajudicial, encaminhada pelo senhor Iber à Solidária, este representando a Aspadef, requereu aumento no percentual de 30% a 40%”, afirmou. Em resposta ao pedido, Carvalho disse que não teria como aumentar tendo em vista os custos fixos, que incluíam o pagamento de 18 atendentes, motoboy, aluguel, energia, telefone etc.
O empresário também rebateu a declaração de que a Associação Nova Vida foi criada com o intuito de usar o nome da Aspadef para conseguir doações, conforme dito por Iber. “A associação já existia desde 25 de julho de 2011, sendo mais uma inverdade a história que foi fundada com intuito de realizar qualquer tipo de sucessão da Aspadef, apenas atendeu pacientes que foram abandonados pela falta de atendimento”, explicou.
A Solidária apresentou ao Blog cópias de documentos que comprovariam o depósito da doação de R$ 348 mil, a notificação extrajudicial da Aspadef para a Solidária, a resposta da notificação, a rescisão contratual, a notificação solicitando devolução de documentos e materiais da Aspadef e o pedido de aumento do percentual das doações.
- Valéria Sinésio
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Uma resposta para Empresário rebate acusações da Aspadef e questiona destino de doação de R$ 348 mil
Tambem gostaria de saber o que a ASPADEF fez com os 348 mil que recebeu do governo! Isso o presidente Iber não fala.