“Por que Governo do Estado e Dnocs retardam o uso da água da transposição no Cariri para fazer a água chegar mais ligeiro a Campina? Será que nós aqui de Monteiro e Camalaú somos cidadãos de segunda classe e os campinenses, de primeira? Ou será que é para agradar mais depressa onde tem mais eleitor?”.
Jamais me ocorreram indagações desse tipo, muito menos atentara para problemas dessa ordem, que afetam a população do Cariri Paraibano, particularmente a de Monteiro e Camalaú. Só reparei no quanto é séria a questão, além de pertinente e procedente, após receber e ler hoje (23) a mensagem que reproduzo adiante.
As perguntas que abrem esta postagem vieram de qualificado leitor residente naquela região. Antecedem reclamações e considerações que transcrevo a seguir, sem, no entanto, explicitar a autoria. A exemplo de tantos outros, o autor do escrito abaixo teme perseguições e represálias, penalidades frequentemente aplicáveis aos que ousam criticar mandões e mandantes da vez na Paraíba.
Caro Rubens,
Todos estão falando (governo do Estado e DNOCS) em levar a água para Campina Grande o mais rápido possível. Tal objetivo é indiscutivelmente meritório.
Para isso, o Dnocs tem divulgado que a barragem de Poções já está em condições de deixar a água transposta passar diretamente para a barragem Camalaú e daí, também através de um canal lateral, seguir o seu caminho até Boqueirão, de onde será distribuída para a população que depende daquele manancial (cerca de meio milhão de pessoas, com 420 mil somente em Campina Grande).
Ocorre que em Monteiro, primeira cidade da Paraíba ponde passam as águas da Transposição do Velho Chico, moradores daqui e nossos vizinhos de outras cidades Cariri amargam os mesmos problemas dos campinenses. Mas, graças a obras do Dnocs e do Governo do Estado, Poções e Camalaú não mais acumularão água, pois em cada barragem tem um rasgo por onde escorre a água que chega (você mesmo publicou uma foto do canal aberto em Poções). E o pior: isso deve durar por mais de um ano. É o tempo, disse-me um engenheiro aqui da região, de instalarem comportas para controlar a água acumulada nos dois açudes.
Ao tomarem essa atitude, implicitamente e, espero, inconscientemente, na prática nossas autoridades classificaram os cidadãos de um e de outro lugar. No topo, quem vai beber da água do São Francisco que chegar a Boqueirão; abaixo, bem lá embaixo, a gente do Cariri que depende da água de Poções e Camalaú e vai continuar sofrendo racionamento, porque a ordem, pelo visto, é resolver primeiro e antes de tudo o problema de quem mora em Campina e região.
Em outras palavras, como o abastecimento de água de Monteiro – para citar um exemplo – está centrado no açude Poções e esse não mais encherá (porque optou-se por deixar a água passar diretamente no rumo de Campina Grande), devido à obra implantada exatamente com esse objetivo, essa população foi colocada em segundo plano em relação aos usuários de água de cidades como Campina Grande e até mesmo outras fora da bacia do Paraíba, como Pedra Lavrada, no Curimataú, que recebe água de Boqueirão através do Sistema Adutor do Cariri.
Qual seria o critério para que se hierarquize ou se categorize cidadãos dessa maneira? O número de habitantes (votantes)? O fato de Campina Grande decidir eleições na Paraíba?
Li no Blog do Suetoni o Doutor Chico Sarmento dizendo que a vazão da transposição no momento está em uns 300 litros por segundo. Não é praticamente nada para ser despachado por 153 km do Rio Paraíba até Boqueirão, mas é muito para Monteiro e demais cidades do Cariri. Ou seja, daria para suspender o racionamento se não tivesse – pois tudo indica que tem – “política no meio”.
Ah, outra coisa. Essa conversa do Governo do Estado de que Monteiro depende do Sistema Adutor do Congo não é verdade. Assuntei junto a quem entende e me disseram que esse sistema era utilizado pela Cagepa somente quando faltava água localmente (nos açudes próximos da cidade), em Monteiro.
O Sistema Adutor do Congo está desativado por falta de água no açude Cordeiro desde o ano passado. Há muito tempo que a água de Monteiro está vindo de Poções, mesmo com todos os problemas, inclusive poluição por agrotóxico que botam em plantação de tomate. Se quiser, tenho foto pra mostrar.
Por essas e outras, como diz você, cheguei à seguinte conclusão: a razão para o governo do Estado dizer isso (que será feita uma interligação das águas de transposição com o açude Cordeiro, reativando assim o Sistema Adutor do Congo e com isso acabando o racionamento) é porque se disserem que a obra por eles apoiada (realizada pelo Dnocs) impede o enchimento de Poções e Camalaú em nome da celeridade de as águas chegarem para os de Campina Grande, seria uma confissão dessa categorização dos cidadãos em prioritários e secundários.
Saudações caririzeiras.
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TV Paraíba mostrou
A TV Paraíba, de Campina Grande, mostrou na noite dessa quarta-feira (22) que água da Transposição já está chegando a Camalaú. Mas, ao mesmo tempo, está sendo aberto o canal lateral de que fala o leitor para a água ir embora rumo a Boqueirão.
A reportagem, intitulada ‘Operários fazem desvio para a água chegar em Boqueirão’, é da jornalista Waléria Assunção. Clique aqui e assista.
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20 Respostas para Cidadão questiona: morador do Cariri vale menos que o de Campina?
Seria ótimo se todos os cidadãos fossem respeitados e as leis fossem cumpridas na sua integridade, como também o gerenciamento dos recursos hídricos fossem mais detalhados e coerente com a necessidades de toda a população.
É completamente válido o questionamento do cidadão caririense. Dentro dessa discussão, deveria nos preocupar a falha no cumprimento de dois fundamentos importantes instituídos pela Lei das Águas (Lei nº 9.433/1997), Art. 1º, inciso I e VI, que afirma que: a água é um bem de domínio público e a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Sou natural de Campina Grande, portanto, sei o que é conviver com apenas três dias de água e me preocupa a situação da população quando o Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) secar completamente, visto que tal racionamento persiste há mais de dois anos e que os cidadãos não possuem nenhuma instrução das autoridades sobre o que acontecerá com o abastecimento da cidade quando, de fato, chegarmos nessa situação. Porém, a priorização do abastecimento da população campinense e de cidades circunvizinhas aos demais habitantes do Cariri me parece, no mínimo, desumano, uma vez que estes estão sofrendo com a mesma situação.
É sabido que os Comitês de Bacias Hidrográficas são organismos que contribuem para que todos os setores da sociedade com interesse sobre a água na bacia tenham representação e poder de decisão sobre sua gestão. Segundo a ANA, uma das atribuições mais relevantes dos comitês de bacias é estabelecer mecanismos e regras, decididos coletivamente, de forma que os interesses sobre o uso das águas sejam discutidos democraticamente, em ambiente público, com transparência, a fim de evitar conflitos.
Diante disso, surgem os seguintes questionamentos: Por qual motivo a população campinense e das cidades próximas teriam mais direito à água do que a população do Cariri? Essas mesmas populações estão cientes do que está acontecendo no entorno de toda a obra? Se a água não está sendo um bem de domínio público (sem distinção), se a gestão está priorizando cidades em relação a outras e se a comunidade não tem poder de decisão na gestão das águas que lhes são de direito, estaria essa obra dentro da legalidade?
Ao meu ver, a decisão tomada para acelerar a chegada das águas para Campina Grande e demais cidades, não é, de longe, a mais sensata, nem muito menos a única. Se existem engenheiros, técnicos e órgãos responsáveis pelo projeto, deve haver alternativas viáveis que leve as águas do Rio São Francisco para todas as regiões carentes sem privar nenhum cidadão do bem mais fundamental para a sobrevivência humana, a água.
Pela lei federal nº. 9433/97 (Política Nacional dos Recursos Hídricos), a água é domínio público, dessa forma, toda a população brasileira tem o mesmo direito sobre este recurso. Assim não se deve exstir priorização sem que haja motovos plausíveis para tal. Campina passa por uma situação adversa de seca, mas o que acontece em Campina em termos de seca, acontece tambem em Monteiro e Camalaú. Perante o Art. 5º da Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Assim, o cidadão de Monteiro e Camalaú tem os mesmo direitos de quem mora em Campina ou qualquer lugar que seja dentro do território Brasileiro. O que acontece neste caso é meramente por fatores políticos?! Ou engenuamente a priorização do local de maior população ? Questionamentos a parte, existe solução para o problema enfrentado. Fechar parcialmente os canais das barragens que foram escancaradas, dessa forma daria tempo para que a barragem acumulasse algum volume. O que é a função da barragem. Do jeito que está, as barragens destas cidades estão lá “sem utilidade”. Do jeito que está, nem que chova muito daria para essas cidades conseguirem acumular agua para seu uso, visto que tudo que a fosse barrado pela barragem seria vertido para Campina. Do jeito que está, nem São Pedro ajudando daria jeito. Assim, é necessário que os gestores públicos, AESA, e até a ANA intervenha.
O problema hídrico hoje não é mais algo que atinge apenas as grandes cidades, o problema tomou dimensões maiores e atinge praticamente todo o nordeste brasileiro. Estabelecer politicas públicas e sobre tudo ferramentas de gestão de Recursos hídricos cada vez mais eficientes é necessário.
Segundo a lei N° 9.433, de 8 de janeiro de 1997, a água é um bem de domínio público, na qual todos os cidadãos têm direito ao seu uso, onde nenhum individuo deve ser privilegiado ou desprivilegiado por seu uso, devido a sua condição social ou localização geográfica. O caso relatado foge ao que a lei propõe, a “obra” realizada nas barragens de Porções e Camalau na qual desviam as águas que chega pelo eixo leste da transposição do Rio São Francisco, a fim de agilizar a chegada das águas ao açude de boqueirão e evitar um colapso hídrico em Campina Grande. Essa manobra hídrica viola os direitos dos cidadãos do cariri, além de não ser uma boa ferramenta de gestão, afinal, retirar a água de onde não se tem (sofre de escassez) para levar para outro lugar seria um ato equivocado, além de tirar o direito dos caririenses de usufruir até mesmo das águas que caem do céu na sua micro bacia. Será que em condições naturais (a chuva cair sobre a bacia do Paraíba) o mesmo seria feito? Já que boqueirão é mais a jusante do que estes reservatórios violados e demoraria mais tempo para ser abastecido.
Em complemento aos argumentos já citados, para a realização dessa manobra hídrica, a população do cariri deveria ser ao menos comunicada, além de se ter a concessão do comitê da bacia do Rio Paraíba, órgão responsável pelo a utilização das águas na bacia, mas pelo que parece nem o mesmo foi comunicado, e se foi, esse órgão foi omisso a sua responsabilidade, deixando as populações que recebem diretamente a transposição do Velho Chico sem água, vendo-as passar para abastecer uma sociedade economicamente e politicamente mais estruturada, que pela lógica dos gestores públicos tem mais direito do que os demais cidadãos.
Diante da atual conjuntura é difícil estabelecer a mediação dos conflitos existentes, pois de um lado está gente e do outro iguais. É uma população refém da “guerra fria” estabelecida e implantada por aqueles que deveriam mediar e gerir, juntamente com a participação dos usuários e das comunidades, este bem que é de domínio público (previsto pela Lei 9.433). É claro também que a relevância econômico-social de Campina Grande a torna um centro a ser suprido, entretanto estamos falando de pessoas, bem humano que é igual perante a Lei. Ainda pode-se destacar que o consumo das cidades a montante de Campina Grande é muito inferior ao dela, o que permitiria uma visão mais humana do ponto de vista a deixar água nas barragens desses locais.
Tendo em vista também, que a acusação ou busca por culpados não deve ser a prioridade no momento, deve-se procurar resolver o problema, pois este é mais crítico do que parece. Ao analisarmos os volumes de água dos açudes a montante do Açude Boqueirão, (Açude Monteiro 0,2% no dia 18/03/17, Açude Congo 0,0% no dia 17/0317, Açude Camalaú 7,2% no 26/03/17, fonte: AESA), ditos capazes de suprir as necessidades da população “abastecida” por eles, fica evidenciado a necessidade de gritar-se “SOCORRO!”, onde nós e as autoridades responsáveis levantam-se defesa de gente.
Está previsto em lei n°9.433 de 8 de janeiro de 1997 que (Art 1° VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades). Agora eu pergunto, a comunidade de Monteiro estava sabendo desta obra? Com certeza não estavam, pois essa obra irá prejudicar toda a população de Monteiro com a construção deste córrego, a barragem nunca poderá verter, o único beneficiário da obra será a população de campina grande que poderá sair da crise hídrica que alarma essa região. Mas a questão é, a população de campina grande é “melhor” que a população de Monteiro e regiões circunvizinhas? Não é fácil gerir os recursos hídricos mas essa obra claramente além de ser inconstitucional é uma obra imoral, se fosse p/ criar esse canal, deveria ser construído em uma altura que oferecesse a barragem certa capacidade hídrica que permitiria o abastecimento da região, outra solução é que esse córrego poderia ter sido construído com alguma comporta a qual permitiria um controle da quantidade de água que sairia da barragem. Uma coisa que me questiona é se a obra teve alguma licença ambiental para ser realizada. E se teve, quem foi o engenheiro que assinou? São questões que o comitê da transposição poderia responder, mas onde eles estão que não se pronunciam?
O questionamento da comunidade do Cariri é de extrema relevância e nos proporciona um momento de reflexão e percepção quanto a restrição ao direito básico (água) da comunidade do cariri, da categorização populacional entre municípios de acordo com influência econômica e política, resultando em segregação social, devido a atitudes ilegais como esta que estão ocorrendo em torno dessa grande obra desde seu início, de objetivo oposto (fornecimento de água para desenvolvimento regional), com anuência dos governos. Esclareçamos a presente situação tendo como base a Lei federal nº. 9433/97 (Política Nacional dos Recursos Hídricos) em seu art. 1º, incisos I, III e VI, nos quais se afirma:
• A água é domínio público, ou seja, toda a população brasileira tem o mesmo direito sobre este recurso;
• Em situações de escassez, o uso prioritário é o consumo humano;
• A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, usuários e das comunidades, através do Comitê de Bacia.
Se toda a região sofre com a escassez, por qual razão os habitantes de Campina Grande têm prioridade em relação aos demais habitantes do cariri? São eles mais humanos que os demais? Obviamente que não, todos são igualmente humanos. Pelo número de habitantes? Pela maior influência econômica e política?
Sobre o comitê da bacia, segundo o art. 37, I, este tem como atuação toda a totalidade da bacia, no caso, toda a bacia hidrográfica do Rio Paraíba, e de acordo com art. 38, I, II e III, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba deve: I – promover o debate das questões relacionadas ao uso dos recursos hídricos; II – arbitrar os conflitos e III – APROVAR o Plano de Recursos Hídricos da Bacia. Esta última atribuição ao comitê evidencia que, apenas o comitê pode definir o uso da água, e violar esta regra é ILEGAL. A última reunião do Comitê da bacia do rio Paraíba foi realizada em maio de 2016 (ultima ata divulgada on line no site da AESA), em Campina Grande – PB, na qual a um dos pontos foi a discussão sobre a situação hídrica do açude Epitácio Pessoa, entretanto, não houve nenhuma votação ou sugestão explicita sobre as presentes obras de desvio de captação para o município de Campina Grande, registradas em ata. Assim sendo, tais obras de desvio nos reservatórios de Poções e Camalaú, configuram-se ILEGAIS pelo art. 49, I, da Lei 9433/97, e, ainda, segundo o art. 50, §1º, estas podem ser embargadas com aplicação de multas não inferior a metade do teto estipulado pelo inciso II, pois, uma vez que os reservatórios a montante do Epitácio Pessoa não acumularão água, devido à estas infrações, causarão prejuízo ao abastecimento das cidades que se abastecem dos daqueles reservatórios, uma vez que continuarão com o severo racionamento que hoje ainda enfrentam e continuarão sendo abastecidos por água de baixa qualidade que, posteriormente, ocasionará inúmeros casos de problemas de saúde.
Vale ressaltar também que os municípios que receberão as águas da transposição não estão todos de acordo com as prerrogativas para a licença de operação da obra federal, que já foi solicitada em dezembro de 2016, das quais uma das condicionantes é a implementação de todos os programas propostos, sendo um deles o projeto de saneamento básico de todos os municípios por onde a transposição passará. Sem a efetivação de tais programas a licença de operação não pode ser emitida e os recursos hídricos continuarão sendo fortemente degradados, gerando outros problemas além dos atuais, num futuro próximo.
Portanto, o famoso “jeitinho brasileiro” só vai levar mais um projeto ambicioso, e a população dependente dele, a ruína. Os fins não justificam os meios, a legislação existe e deveria ser cumprida. Como disse o Marquês de Maricá: “É mais fácil cumprir certos deveres, que buscar razões para justificar-nos de o não ter feito”. Sim, Campina Grande pode possuir o maior número de habitantes, influencia econômica e política que os demais municípios do cariri, mas tal realidade não muda o fato de que as obras de desvio de água são ilegais e vão contra o direito fundamental dos demais habitantes do cariri, o direito à água.
Brener, concordo em parte com o amigo. Agora, não podemos ignorar que a própria Lei que vc citou, prioriza o consumo humano. Então, mais de hum milhão e meio de pessoas estão esperando por essas águas, Penso que o amigo ainda não percebeu a dimensão que isto representa ! Lideranças como vc deve sim, mobilizar o teu povo e partir para cobrar das autoridades, como por exemplo o poder público municipal, o qual já elegeu uma culpada ” A CAGEPA” . Sabe-se que a exploração dos recursos hídricos dar-se por concessão pública, e a cagepa – uma companhia estadual só opera em Monteiro, até o dia que a Prefeitura quiser, bastante verificar a sua eficiência ou ineficiência. Agora, não consigo enxergar a CAGEPA atuando em Monteiro, quando lá não existe estação de tratamento de esgotamento sanitário, e muito menos de tratamento d’agua. Não existe um metro de saneamento básico na cidade. Pior que tudo que está acontecendo, o que incomoda é a inércia das autoridades locais. Não vejo como desvio de águas – como dissestes. Por fim Breno, fiquemos atento, para não desviarmos o foco da realidade somente agora despertada, porquanto, a água chegou e somente agora as autoridades estão batendo cabeça sobre o quê fazer e como fazer chegar as torneiras dos irmãos caririzeiros. A luta companheiro !
Pessoal, no meu Cariri chove (muito ou pouco) pelo menos até fim de maio, começo de junho. Vocês perceberam que até mesmo essa água que vem do céu nós vamos ver passando junto com as da transposição, porque vão passar direto pelos açudes de Poções e Camalaú!!!!
Não nos privaram somente das águas do Eixo Leste, nos tomaram até as que vem de DEUS!!
Infelizmente a realidade brasileira é de sempre favorecer as grandes cidades. Vejam que se analisarmos os investimentos que são feitos nas grandes cidades comparando a cidades de pequeno porte são irrisorias e muitas vezes são apenas belas propagandas eleitorais pra se falar em palanques e afirmar que o governo esteve presente. As cidades de médio porte ficam naquele meio termo, já que, com grande crescimento populacional, estas tendem a serem mais populosas e assim se tornarem importantes na contagem eleitoral hoje em dia faz muita diferença. A desproporcionalidade é tão gritante que não precisa ser um gênio pra entender que a politicagem toma de conta de todos os setores de governabilidade. Isso não significa que o povo de Campina Grande não deve receber a água, pelo contrário, tem emergência pra isso, mas a estiagem também assola inúmeras outras cidades que não podem ser sobrepostas por uma ação política que visa eleições. É inaceitável a falta de planejamento da obra que foi feita de “todo jeito” e agora é incapaz de abastecer as torneiras de quem convive com a seca desde de que mundo é mundo. O cidadão da cidade pequena também é gente sempre teve sede, teve um aprender a conviver com essa condição climática que não pediu, mas acontece. Priorizar uma cidade em detrimento de outras é jogar na cara do povo que uns valem mais do que outros e que não somos nada além de moeda de troca por um desprestígio que é exercer o direito ao voto nesse país que diz que somos democráticos quando casa e batiza ao bel prazer de quem nos representa.
ESSE GOVERNADOR REI CARDO COUTINHO É UMA VERGONHA; DEPOIS DE ANOS NO RACIONAMENTO, ELE NÃO CONSEGUIU UM PLANO B PRA ESSE PROBLEMA!
Esse Rei é petista enrustido e transfigurado. Não tem compromisso com o povo, é populista e autoritário. Está encastelado no Altiplano cabo Branco, área nobríssima, numa cobertura digna do seu reinado, e pouco se lixando para o que acontece com o Povão(sua massa de manobra). É o rei das estradas, como se estrada por sí só resolvesse os problemas da falta d’agua, e da falta de comida na mesa. E tome asfalto em vez de água e alimento. No ano que vem, prepare-se para a transfiguração dele(como sempre tem feito) a pedir do teu voto ! êta, Paraííííííííííííba boa !
vamos rezar primeiro, pra que o Senhor Jesus mande agua para boqueirão, e todo carirí, através de chuvas, antes de um problema maior; pois essa lamina d’água é muito pouca pra chegar a boqueirão, e matar a sede de um milhão de habitantes da grande Campina; vamos pedir primeiro que os nossos deputados federais, pressionem o presidente Temer, e mande mais bombas para as estações, pois fazer uma obra dessa, e depender de empréstimos de bombas do estado de São Paulo é uma vergonha; sem contar que existe as tubulações elevatórias que estão sem as bombas, e por isso a água do São Francisco ainda não chegou as torneiras dos Paraibanos!
Juliana, a situação de Campina Grande é mais grave do que se imagina. Hospitais estão enfrentando dificuldades. As escolas idem. O parque industrial pior ainda. Então, a tragédia anunciada está prestes a acontecer. É fato. O poder público, seja ele Estadual ou Municipal fingem inexistir a situação. Negligenciaram e não existe um plano B. Nunca existiu. Quem tem posses em Campina, está vindo tomar banho em João Pessoa, Cabedelo e Lucena. Está na hora do povo tirar o bundão do sofazão e pressionar as autoridades. A água está às portas e o que falta é intensificar a operacionalização, e o resto é blábláblá. Não vemos uma só movimentação da Sociedade Civil organizada neste sentido. É um absurrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrdo !
A cisânea nada resolve ! Não vamos nos dispersar e muito nos esgarçar. As prioridades existem em qualquer lugar do mundo. Não existe paraibano de primeira categoria, de segunda e/ou de terceira. O que existe são prioridades.
Na grande Campina, mais de hum milhão e meio de pessoas estão a esperar a água, assim como, um parque industrial que depende e muito da água para o seu efetivo funcionamento. Se essa água não chegar (ontem !) estaremos diante de uma verdadeira tragédia. Isto é fato. Aguardemos com paciência, a execução do plano – digamos – de emergência que está sendo executado pelas autoridades. Temos muito é que colaborar, neste momento difícil !
Agora, cadê o sistema de saneamento de Monteiro(que não se permita em pleno século XXI a ressuscitação dos chafarizes, do tempo da escravidão) e das demais cidades, e principalmente a estação de tratamento do esgotamento sanitário !? Como o esgotamento sanitário será cuidado pela CAGEPA.
Há muito ainda o que se fazer. A obra não está pronta e acabada Agora, devemos cobrar sim, principalmente, das autoridades envolvidas.
Será que os parlamentares do Cariri nada têm a dizer sobre um caso desse??? Como querem representar os interesses do povo dessa maneira??? Esse silêncio fala mais do que eles!! Dizendo quem eles de fato são.
Não tiro a razão do amigo caririzeiro, por lei a água é de direito de todos, sem distinção. Com isso, fica claro que o Governo do Estado quer o mais rápido possível que a água chegue ao Açude Boqueirão, não importa como nem muito menos quanto chegará. De fato, isso acalmaria milhares de pessoas ingênuas e aliviaria as pressões sociais direcionadas ao Governo.
Como já foi dito e redito por vários profissionais competentes, é necessário que melhorias sejam feitas no sistema de transposição para que haja um aumento na vazão. Isso sim seria a saída.
Como cidadão, acho que seria muito importante e justo com todo paraibano se os responsáveis explicassem tecnicamente suas estratégias para melhorias do sistema, que como ficamos sabemos (graças ao senso de cidadania de alguns) se encontra bastante problemático.
Rapaz, será que o povo do Cariri que tanto tem festejado a chegada da água tá sabendo disso???!!
Penso que não, pois a desinformação é ferramenta fomentadora da corrupção. Infelizmente no Nordeste, o povão é tratado como encabrestados possibilitadores de manobras(massa de manobra). É tudo muito triste.
Isso é um absurdo. Onde estão os deputados do Cariri. Cadê Quintans? Cade João Henrique??? E Batinga?? Cadê??
A prefeita de Monteiro fez discurso na inauguração Temer da obra. Ela não sabia que a água que cai praticamente dentro de Monteiro não iria para os monteirenses mas sim seguiria adiante? Ignorando o povo daqui??