Se a violência cotidiana que assola os paraibanos já é pra lá de escandalosa, mais vergonhosa ainda é a sequência de arrombamentos e arrastões em escolas públicas e particulares na Paraíba. Mas vergonha maior talvez seja a indiferença do Governo do Estado diante das continuadas agressões a professores, alunos, funcionários e ao patrimônio dos educandários.
O caso da Escola Estadual Humberto Lucena, de Campina Grande, é emblemático do descaso com que o problema é tratado pela administração estadual. Há dois anos sem um vigilante sequer pra chamar de seu, o colégio foi arrombado no final de semana em duas ocasiões por bandidos que podem ser os mesmos autores de mais dois arrombamentos anteriores.
Todos esses crimes foram registrados este ano. Ou seja, quatro invasões, depredações e furto de móveis e equipamentos em apenas três meses na escola que funciona no bairro campinense Novo Cruzeiro. Dessa vez, pelo menos, graças ao noticiário de tevê e rádio sobre a ocorrência, via Secretaria Estadual da Educação o governo noticiou a intenção de colocar vigilância armada.
De qualquer modo, é tamanha a facilidade de invadir, arrombar, furtar ou roubar algo em uma escola na Paraíba que os bandidos já estão levando a coisa no deboche. Que o digam os assaltantes da Humberto Lucena. Eles tiveram tempo de fazer tranquilamente refeições enquanto descansavam do trabalho de carregar ou destruir o patrimônio público. É o que se depreende das quentinhas com restos de comida que deixaram no local.
De qualquer modo, em relação às providências das autoridades, espera-se que coloquem vigilantes armados 24 horas também na Escola Estadual do bairro de José Pinheiro, invadida há uma semana por uma dupla de ladrões que roubou celulares, relógios, dinheiro e jóias de quatro professores que lá se encontravam. Detalhe bizarro da ação criminosa: para arrancar uma aliança, um bandido chegou a morder o dedo de uma das vítimas.
Não é do conhecimento da população, porém, se o Governo do Estado vai reativar a patrulha escolar ou estabelecer alguma forma de policiamento ostensivo, preventivo ou comunitário que afaste o terror da convivência diária dos estudantes, seus mestres e servidores de apoio de colégios estaduais, municipais e privados. Terror que acontece a qualquer momento com a presença de assaltantes dentro das escolas ou de traficantes de drogas do lado de fora.
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