Vereadores ganham dois meses sem trabalhar no mais longo recesso da Câmara pessoense

Câmara reabre após dois meses e meio de recesso (Foto: CMJP)

A Câmara de Vereadores da Capital bateu hoje (7) o seu próprio recorde de inatividade ao abrir a 17ª Legislatura depois de 76 dias de paralisação do Poder, cumprindo um período identificado com o mais longo recesso da história do legislativo municipal pessoense.

Os trabalhos na Câmara foram encerrados em 21 dezembro do ano passado. Deveriam ter recomeçado em 1º de fevereiro último, com a estreia dos eleitos em outubro de 2016. Mas, por conta de reforma nas instalações do prédio-sede, a maioria dos novos e veteranos membros da Casa ganhou sem trabalhar.

Somente de salário, cada um ganhou R$ 30 mil nos últimos dois meses sem que tenha comparecido a qualquer sessão que poderia ter sido realizada em auditórios disponíveis no próprio centro da cidade. Por essas e outras, da reabertura da Câmara nesta terça-feira restou como destaque a presença do prefeito Luciano Cartaxo.

‘Dono’ de uma bancada com 20 dos 27 vereadores, Cartaxo fez pelo menos algo além do tradicional discurso de enaltecimento da própria gestão. Levou à Câmara projeto de lei que prevê concurso público destinado a preencher 20 vagas de auditores e técnicos de controle interno na Controladoria-Geral do Município (CGM).

Na parte política de seu pronunciamento, o prefeito aproveitou para alfinetar aquele que é hoje o seu principal adversário: o governador Ricardo Coutinho. Sem obviamente mencionar o nome do ‘inimigo’, Luciano Cartaxo ressaltou que iria trabalhar em harmonia com o Legislativo, “com uma política transformadora, diferente da velha política, feita com intriga, perseguição e individualismo”.

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Uma resposta para Vereadores ganham dois meses sem trabalhar no mais longo recesso da Câmara pessoense

  1. rubens figueiredo escreveu:

    É imoral um fato como esse acontecer. Os políticos, em todos os níveis, vivem cientes e têm tanta certeza da falta de conhecimento e da inércia da sociedade que “deitam e rolam” com o dinheiro e a paciência do povo. Creio que um dia esse “boi de carroça” vai saber a força que tem e, aí sim, colocar todos esses aventureiros nos lugares de que nunca deveriam ter saído. A falta de compromisso é tão grande e descarada que numa cidade do porte de JP não se encontrar um lugar alternativo para realização das seções (convenhamos, que na sua grande maioria não resolvem quase nada, pois o olhar é para os próprios umbigos).