Deputado estadual e advogado militante, além de Professor de Direito, o deputado estadual Jeová Campos (PSB) disse hoje (23) que o ministro Gilmar Mendes deveria se averbar suspeito caso venha a ser escolhido novo relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Jeová, Mendes é suspeito por ser amigo pessoal de alguns investigados e, portanto, não teria isenção para substituir Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato no Supremo. Entre as amizades do ministro atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apontadas pelo deputado, estão Michel Temer, ministros do atual governo, além dos senadores José Serra, Aécio Neves e outros “grandes figurões do PSDB, PMDB etc.”.

O deputado estranha que no momento em que se discute a substituição do relator da Lava Jato o ministro Gilmar Mendes jante com Temer, “seu amigo pessoal de mais de 30 anos”, em pleno domingo (22). Esse fato, reforçou, já seria suficiente para impedir o ministro de suceder Zavascki na apuração das denúncias originárias do Petrolão.

Jeová defende que o STF tome uma decisão definitiva sobre essa substituição, de modo a prosseguir com as investigações e depois realizar julgamentos justos e imparciais. “O país precisa sair desta podridão da política e o STF não pode ficar de joelhos diante de tanta bandidagem da classe política, dos ‘professores’ da moralidade que estão mais sujos que poleiro de galinheiro”, ressaltou.