O jornal Folha de S. Paulo traz em sua edição de hoje (20) reportagem especial sobre sorteios de celulares, tvs, motos e bicicletas que alguns municípios paraibanos realizam para atrair alunos a suas escolas e, com isso, receber mais dinheiro do Fundeb, o Fundo Nacional para a Educação Básica.

“Mais vale tentar ganhar uma das 50 bicicletas em Guarabira, uma televisão ou celular em Belém ou apostar tudo no sorteio de uma moto zero quilômetro em Pirpirituba?”, provoca, logo na abertura do texto, o jornalista João Pedro Pitombo, que assina a matéria publicada na editoria de Educação.

Ele informa a seguir que no agreste da Paraíba “qualidade do ensino e estrutura física viraram meros detalhes na hora de escolher onde estudar”, pois o negócio é encher as escolas de alunos para aumentar a receita do Fundeb, que nem sempre – ou quase nunca – é revertida em melhorias no ensino e no salário dos professores.

Daí a ideia dos sorteios de brindes, posta em prática por prefeituras da região que disputam matriculas com escolas estaduais e privadas da própria cidade ou de municípios vizinhos. A Folha lembra que “os repasses (do Fundeb) são feitos de acordo com o número de alunos matriculados na rede municipal” e que “o valor mínimo anual por aluno é de R$ 2.875,03”.

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