Vita: peemedebista disposto a aderir a Ricardo deve estar com Síndrome de Estocolmo

O advogado Roosevelt Vita (foto) desconfia que estariam sofrendo da Síndrome de Estocolmo alguns destacados peemedebistas paraibanos supostamente interessados em apoiar de novo o governador Ricardo Coutinho (PSB).

Vita mencionou a síndrome (que remete ao oprimido apaixonado pelo opressor) ao ser perguntado sobre o esforço do senador Raimundo Lira (PMDB) de levar o partido a aderir outra vez ao projeto político do governador, desta vez visando às eleições de 2018.

Sem mencionar explicitamente os nomes de Lira e de outros expoentes da legenda que publicamente reforçam a estratégia do senador de se aliar desde agora ao esquema governista, Vita lembrou todos os que se juntaram a Ricardo em disputas eleitorais perderam eleições subsequentes.

“Foram derrotados pelo próprio governador, ressalte-se”, disse o advogado, que é primeiro suplente do senador José Maranhão, presidente estadual e maior liderança do PMDB na Paraíba. “A não ser essa síndrome, que outro motivo teria o partido para se compor desde agora com o governador, se os próprios defensores da ideia contraditoriamente falam que 2018 é assunto para 2018?”, questiona Vita.

Derrotas que Ricardo impôs ao PMDB

Em 2004 e 2008, José Maranhão e o PMDB ajudaram a eleger Ricardo Coutinho prefeito da Capital. Em 2010, Maranhão disputou e perdeu o Governo do Estado para Ricardo Coutinho, eleito naquele ano com ajuda de Cássio Cunha Lima (PSDB), a quem o atual governador derrotou na eleição seguinte para o mesmo cargo, em 2014.

Nas eleições municipais do ano passado, Ricardo Coutinho perdeu as eleições na maioria dos maiores colégios eleitorais do Estado e ajudou a derrotar o PMDB em pelo menos três deles – Campina Grande, Patos e Guarabira.

Em Campina, recorda Vita, Ricardo ‘tomou’ pelo menos dez partidos que poderiam ter se coligado ao candidato a prefeito do PMDB (Veneziano Vital) para apoiar Adriano Galdino (PSB), que já contava com três partidos, além do seu.

Em Patos, o governador também não apoiou nem política nem materialmente o candidato do PMDB (Nabor Wanderley) e em Guarabira lançou a prefeito o empresário Josa da Padaria (PSB), que poderia ter sido o vice de Fátima Paulino (PMDB), esposa do ex-governador Roberto Paulino, que hoje estaria propenso a aderir a Ricardo.

Sobre a Síndrome de Estocolmo

Faz sentido o questionamento de Roosevelt Vita à Síndrome de Estocolmo porque a expressão foi criada por um psicólogo sueco para definir o estado psicológico de quatro pessoas (três mulheres e um homem) que durante uma semana permaneceram sob poder de assaltantes de banco na capital daquele país. Após o assalto, ocorrido em agosto de 1973, os reféns manifestaram simpatia pelos assaltantes e ainda os defenderam nos processos judiciais derivados do crime.

O caso mais famoso da síndrome foi protagonizado, contudo, por Patrícia Hearst, filha de um magnata da imprensa norte-americana, sequestrada em 1974 pelo ‘Exército Simbionês de Libertação’, uma organização paramilitar à qual a jovem veio a se juntar após a sua libertação para, inclusive, participar de assaltos a banco e outros crimes ao lado de seus ex-raptores.

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Uma resposta para Vita: peemedebista disposto a aderir a Ricardo deve estar com Síndrome de Estocolmo

  1. antonio carlos ferreira de melo escreveu:

    Quem quiser ser esmagado é so aderir ao rei de plantão e logo recebe a recompensa. Tem sido assim.