A Paraíba e outros estados nordestinos puxaram a queda da segunda safra nacional de feijão em dezembro de 2016. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi divulgada nesta terça-feira (10) no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).
De acordo com a pesquisa, que compara os números de 2016 com a produção de 2015, a Paraíba aparece com reavaliação negativa de -59,6% na segunda safra de dezembro. Os números paraibanos, juntamente com outros três estados nordestinos, puxaram a baixa da safra nacional, que registrou queda de 2,1%, encerrando 2016 com uma produção de 2,6 milhões de toneladas.
A Paraíba aparece como o segundo estado nordestino com reavaliação negativa mais intensa, ficando atrás apenas do vizinho Pernambuco. O levantamento aponta que além da Paraíba, as reavaliações negativas mais intensas foram em Pernambuco (-63,3%), Sergipe (-29,9%) e Maranhão (-10,9%) e ocorreram principalmente devido à falta de chuvas.
Somados, os números dos quatro estados nordestinos provocaram uma queda de -22,2% na contagem da segunda safra nacional de feijão, segundo o órgão. Os dados podem ser conferidos no site do IBGE.
Estimativas para 2017
A estimativa do IBGE para a produção total de feijão em 2017 é de 3,3 milhões de toneladas com aumento de 26,9% em relação a 2015. De acordo com o instituto, boa parte das informações das estimativas para as 2ª e 3ª safras é formada por projeções realizadas pelo cálculo de médias dos últimos cinco anos, eliminando-se os extremos.
O crescimento esperado resulta, segundo o IBGE, do acréscimo na área a ser colhida, estimada em 1.792.603 hectares, 23,9% maior que no período anterior, quando muitas lavouras da Região Nordeste foram afetadas pela seca.
O aumento das estimativas de área plantada e da área a ser colhida decorre também do bom preço do produto, que se manteve em um patamar elevado durante 2016. Também há previsão do aumento no rendimento médio (13,0%), que poderá alcançar 905 kg/ha.
As produções do feijão segunda e terceira safra devem alcançar 1.186.834 toneladas e 495.856 toneladas, respectivamente.
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