O vice-prefeito Manoel Júnior (foto), de João Pessoa, disse hoje (4) em entrevista à rádio CBN João Pessoa que está preparado para governar a Capital caso o prefeito Luciano Cartaxo renuncie ao cargo para disputar o Governo do Estado em 2018.

Manoel Júnior lembrou que está na vida pública há 30 anos, tendo iniciado a sua carreira política como prefeito do município de Pedras de Fogo, na Paraíba, aos 22 anos. Ele exerceu três mandatos à frente da Prefeitura daquela cidade.

Vice-prefeito de João Pessoa de João Pessoa pela segunda vez (a primeira, de 2005 a 2008, teve como prefeito o hoje governador Ricardo Coutinho), Manoel Júnior ressalvou, contudo, que com ele não existe compromisso, acerto ou promessa de Luciano Cartaxo de deixar a Prefeitura ano que vem.

Enfatizou que da mesma forma que se sente preparado para assumir o cargo, se o titular se desincompatibilizar em abril de 2018, está preparado também para passar os quatro anos como vice-prefeito. “Não dá para prever o futuro e em política ninguém arrisca dizer o que vai acontecer daqui a um ano”, observou.

Perguntado se ele próprio não seria uma das opções de seu partido, o PMDB, para o Governo do Estado 2018, Manoel Júnior não descartou a possibilidade, mas por enquanto, garante, uma candidatura a governador não faz parte do seu projeto político ou pessoal.

Dinheiro da repatriação

Deputado federal que renunciou ao mandato para assumir a vice-prefeitura da Capital, ele destacou em sua passagem pela Câmara a relatoria do projeto de lei da repatriação do dinheiro depositado por brasileiros no exterior.

Lembrou que, além de desafogar as finanças da maioria das prefeituras, os recursos repatriados (cerca de R$ 46 bilhões) em 2016 permitiram ao Estado da Paraíba, por exemplo, uma verba extraorçamentária de mais de R$ 360 milhões.

Afirmou ainda que a matéria saiu ‘redonda’ da comissão especial da qual foi relator, mas foi desfigurada por emendas em plenário e vetos da Presidente Dilma Rousseff. Manoel Júnior atribuiu as deformações à desinformação acerca do procedimento, que em países como Argentina e Itália já foi utilizado pelo menos quatro vezes.