A Paraíba é o oitavo estado de um total de 20 onde o Governo Federal – em 45 operações de investigação realizadas este ano – mais conseguiu reduzir a quantidade de dinheiro roubado da Previdência Social. A economia foi de R$ 11 milhões, mais do que a alcançada em São Paulo, onde foram poupados R$ 10,9 milhões que seriam desviados por fraudes.

No país todo, o desmonte de esquemas de desvio na Previdência, com uso das forças-tarefas deflagradas, gerou uma economia de R$ 284,9 milhões. Além da Paraíba, os estados onde a descoberta das fraudes evitou maior perda de dinheiro público são, pela ordem: Pará (o 1º colocado, com R$ 70,9 milhões), Distrito Federal (R$ 42,4 milhões), Maranhão (R$ 23,2 milhões), Rio de Janeiro (R$ 21,2 milhões), Amazonas (R$ 18 milhões), Goiás (R$ 17,1 milhões) e Bahia (R$ 15,9 milhões).

O serviço de inteligência que ajudou a descobrir as fraudes  é coordenado pela Secretaria de Previdência Social do Ministério da Fazenda. Um grupo especializado em investigar denúncias e prevenir falhas foi montado na Assessoria de Pesquisa Estratégica e Planejamento de Risco da secretaria.

Os técnicos fazem análise da fraude em busca de provas, apontam possíveis vulnerabilidades no sistema e trabalham na identificação e localização de pessoas, grupos ou organizações que atuem contra a Previdência Social.

O governo montou uma rede de proteção para a Previdência Social após reconhecer que o benefício se tornou, nos últimos anos,  um alvo constante de golpistas. Desde 2003, R$ 5 bilhões foram levados dos cofres públicos de forma ilícita.

As forças-tarefa operam em articulação com a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Agência Brasileira de Inteligência. Entre as dezenas operações realizadas neste ano, apenas uma delas, no Pará, possibilitou a economia estimada de R$ 47,9 milhões aos cofres públicos.

“Somente o combate às fraudes não resolve os problemas da previdência”, ponderou o secretário de Previdência Social, Marcelo Caetano. “Combater as fraudes é importante, mas o problema da previdência é maior”, argumentou. Ele lembrou que as regras atuais sobrecarregam o sistema e levam a um crescimento das despesas com benefícios sem que haja, ao mesmo tempo, o ingresso de recursos na mesma medida.

• (Fonte: Portal Brasil, com informações da Secretaria da Previdência)