O jornalista e escritor Walter Galvão mostrou neste final de semana que “a situação em que se encontra o Mercado Central de João Pessoa é lastimável”. Mostrou com fotografias que postou sábado (30) no Facebook. Com o único propósito de chamar a atenção de quem possa ajudar a recuperar um mercado público transformado em lixão, boca de fumo ou coisa pior.
“Ao postar estas fotos que fiz quarta-feira à tarde pretendo sensibilizar e convidar arquitet@s, urbanistas, designers, engenheir@s, principalmente, para que postem ideias sobre o que poderia ser feito emergencialmente para melhorar amplos espaços do MC”, explicou Galvão, acrescentando que o fazia também “em socorro e em respeito aos cidadãos e cidadãs que diariamente comercializam nesse espaço tradicional da Capital paraibana”.
O jornalista disse ainda que a sua iniciativa busca favorecer consumidores que, como ele, frequentam o local. “Visitem a área. Vamos discutir. A minha sugestão inicial: remoção da grande quantidade de lixo acumulado na área. Como fazer? Vamos combinar”, propôs.
Imediatamente após a exposição das fotografias e informações, a postagem recebeu dezenas de comentários de outros cidadãos tão preocupados quanto com o Mercado Central e outros mercados públicos da Capital. O Professor João Trindade, por exemplo, lembrou que o estado do Mercado dos Estados é ainda mais calamitoso e preocupante.
O também jornalista Sebastian Fernandes sugeriu que uma mudança de gestão ou de postura e atitude da atual administração do mercado seria um bom começo, priorizando a imediata retirada do lixo. “Quem passa pelo local se depara com fezes de animais, esgotos entupidos e a céu aberto, reformas que nunca foram concluídas, banheiros sujos, entulho por toda parte, fedentina e muitos outros problemas de higiene”, descreveu.
Drogas e feira de trocas
Noutro depoimento, um amigo de Galvão declarou que desde 15 anos faz compras no local, “primeiramente ao lado do meu Pai e hoje sem a sua companhia”. Garante que “sempre foi desse jeito” e que as autoridades esquecem do mercado por algum motivo, pois “até já tentaram fazer alguma coisa, mas, sem completar, esquecem”.
Denunciou ainda que “promiscuidade, tráfico e consumo de drogas rolam solto durante o dia e a noite, além da famosa feira de troca de produtos muitas vezes roubados, isso para não falar das armas”. E revelou que “proprietários de alguns boxes que conheço falam que nada muda porque existe o interesse de dentro e de fora que permaneça assim por algum motivo inescrupuloso”.
Outras pessoas que participaram do ‘fórum’ suscitado por Galvão observaram que por essas e outras a população afasta-se cada vez mais da feira livre, onde o consumidor poderia encontrar alimentos mais orgânicos ou mais em conta. Alguns recordaram as reformas inconclusas e o suposto abandono de obras, iniciadas em gestões anteriores, pelo atual governo do município.
O blog fará proximamente um levantamento da situação dos principais mercados públicos de João Pessoa, oportunidade em que ouvirá também a Prefeitura da Capital sobre se há pelo menos algum projeto para recuperar esses equipamentos públicos que começaram a ser reformados no primeiro mandato de Ricardo Coutinho como prefeito da Capital (2005-2008).
O trabalho foi sequenciado por Luciano Agra (2010-2012), mas sob Luciano Cartaxo, que assumiu em 2013 e foi reeleito no dia 2 deste mês, apenas no Mercado da Torre foi concluída uma reforma de razoável qualidade.
É BOM ESCLARECERO Blog do Rubão publica anúncios Google, mas não controla esses anúncios nem esses anúncios controlam o Blog do Rubão.
2 Respostas para Mercado Central: lixo, drogas e vergonha para a cidade
Há uma amiga que MORA lá, a CÉU ABERTO. Vive sentada numa cadeira de plástico. Roga por providências — uma moradia etc.
Rubão, acrescento ainda: esgotos estourados e a céu aberto. A feira de frutas é uma vergonha. É risco consumir os produtos ali consumidos. Uma pocilga !
Sugiro que os gênios da administração pública quer seja estadual e/ou municipal visitem e conheçam o mercado central público de São Paulo e principalmente o de Porto Alegre.
Gastamos muito dinheiro com a nossa pocilga central , assim como, com o mercado do aperto da Torre, que em breve se transformará em pocilga. Nunca vi tanto mal gosto arquitetônico e de funcionalidade, juntos num só lugar.