Alertas como esses que o blog transcreve logo mais são de utilidade pública e têm ampla receptividade, principalmente na Internet e nas redes sociais que os replicam aos milhares. A credibilidade das narrativas a seguir deve-se à verossimilhança de possíveis casos reais que trazem a público. Casos que revelam muita criatividade dos bandidos para aplicar golpes através do celular. Dele, do seu… Presencialmente ou à distância. Veja agora como ‘funciona’ cada um, fique atento(a) para não cair e – pelo sim, pelo não – compartilhe com familiares e amigos.
Golpe da ‘ligação urgente’
Uma senhora encontra-se num café com várias amigas quando dela se aproxima uma mulher de boa aparência, bem vestida e nervosa. Chega dizendo que acabou de ser assaltada, que levaram carro e telefone. Pergunta se alguém poderia emprestar um celular para ela ligar a cobrar para o marido vir buscá–la.
A cliente do café empresta o aparelho e a mulher se afasta da mesa para fazer a chamada. Volta em menos de um minuto, devolve o celular e vai até o lado de fora do estabelecimento para ‘esperar o marido’. Passados alguns minutos, a mulher volta ao interior do café e pede o celular emprestado outra vez, para fazer nova ligação. Dessa vez, é o marido que não chega. Talvez tenha anotado errado o local onde deveria apanhar a esposa…
De novo com o telefone da outra, a mulher afasta-se e faz nova ligação. Depois, volta, devolve o celular e agradece.
A generosa senhora que estava dentro do café paga sua parte na conta, despede-se das amigas e vai para casa, onde encontra toda a família no maior desespero. Contam-lhe, então, que ligaram comunicando seu sequestro e pediram resgate, que foi pago imediatamente mediante transferência do dinheiro em um caixa eletrônico ou por Internet banking para a conta indicada pelo ‘sequestrador’.
Claro que os familiares acreditaram. Afinal, quando ligou, a bandida usava o celular da ‘refém’ e a descreveu direitinho – da roupa à cor do cabelo e traços fisionômicos. Difícil não cair. Assim, logo na primeira chamada concordaram em transacionar e fizeram a transferência para a conta indicada. O segundo telefonema foi para confirmar que tudo fora finalizado nos conformes e a vítima logo seria liberada.
Golpe do cartão ‘clonado’
Você recebe uma chamada e quem ligou fala assim:
– Estamos ligando do Departamento de Segurança do Visa (por exemplo). Meu nome é Fulano e meu número de identificação funcional é tal… O Sr. comprou ‘tal coisa’ (qualquer coisa bem estranha, como um ‘dispositivo anti-telemarketing’ no valor de R$ 497,99) de uma empresa em Porto Alegre?
É óbvio que você responde que não, ao que se segue:
– Provavelmente, seu cartão foi clonado e estamos telefonando para verificar. Se isto for confirmado, estaremos emitindo um crédito ao seu favor. Antes de processar o crédito, porém, gostaríamos de confirmar alguns dados. O seu endereço é tal?
Qualquer endereço pode ser encontrado facilmente das listas telefônicas na Internet. Após você responder sim, o golpista continua.
– Qualquer pergunta que o Sr. tenha agora deverá chamar o número 0800 que se encontra na parte traseira de seu cartão para falar com nosso Departamento de Segurança. Por favor, anote o seguinte número de protocolo.
O bandido lhe dá então um número de 6 dígitos e pede:
– O Sr. poderia lê-lo para confirmar?
Aqui vem a parte mais importante da fraude. Ele diz, então:
– Desculpe, mas temos que nos certificar de que o Sr. está de posse de seu cartão. Por favor, pegue seu cartão e leia para mim o seu número.
Feito isso…
– Correto. Agora vire o seu cartão e leia, por favor, os 3 últimos números (ou 4, dependendo do cartão).
São os seus ‘Números de Segurança’ (Pin Number), que você usa para fazer compras via Internet e fornece ao bandido para provar que está com o cartão! Depois que você informa, ele pede desculpas e prossegue:
– Correto! Entenda que era necessário verificar que o seu cartão não estava perdido nem tinha sido roubado e que o Sr. estava com ele em seu poder. Isso confirma que o seu cartão foi mesmo clonado, infelizmente. O Sr. teria alguma pergunta?
Depois que você diz que não, o ladrão agradece e desliga. Provavelmente, em menos de 10 minutos, uma compra via Internet será lançada no seu cartão. E muitas outras, caso você não perceba a fraude até a chegada do extrato ou boleto.
É quase inútil fazer denuncias à polícia. Caso receba alguma chamada do tipo, fale para o bandido desligar que você mesmo fará a ligação para o 0800 da administradora do seu cartão de crédito.
Mas, mesmo que você desligue, fica claro que a melhor maneira é estar alerta e repassar para todo mundo, principalmente a seus amigos e familiares, a informação sobre mais este golpe.
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