Nonato Bandeira (Foto: psbpb.blogspot.com)

O vice-prefeito Nonato Bandeira (PPS), de João Pessoa, esclareceu na tarde desta segunda-feira (12) que não é de 2015 o depoimento do deputado Manoel Júnior (PMDB) criticando a gestão de Luciano Cartaxo (PSD) na Prefeitura da Capital. A crítica seria bem recente, garante, e foi gravada em data muito próxima do acordo que fez do parlamentar candidato a vice do prefeito que disputa a reeleição.

“O depoimento de Manoel Júnior não é do ano passado. É de agora. Precisamente oito dias antes dele anunciar o apoio a Cartaxo e selar a aliança que o colocou como vice na chapa”, disse Bandeira, retificando informação publicada pelo blog. Ele também hoje divulgou nota ‘estranhando’ sucessivas ‘vitórias’ de Cartaxo junto ao juiz José Ferreira Ramos, responsável pela propaganda de mídia nas eleições deste ano em João Pessoa.

O vice-prefeito não se referiu nominalmente ao magistrado, que no começo da manhã desta segunda foi colocado sob suspeita pelo secretário Luiz Torres (Comunicação do Governo do Estado) por ser marido da deputada Daniela Ribeiro, dirigente de um partido (PP) que faz parte da coligação do atual prefeito. 

Ramos foi atacado pelo secretário por ter ordenado a suspensão da propaganda do PSB que mostra Manoel Júnior condenando a obra de revitalização do Parque Solon de Lucena, realizada pelo governo Cartaxo. O juiz atendeu a um pedido da coligação liderada pelo PSD.

“É no mínimo estranho o atual prefeito e candidato à reeleição Luciano Cartaxo (PSD) ter ganho praticamente todos os pedidos que fez ao juiz da propaganda eleitoral”, diz Bandeira, lembrando que a candidata Cida Ramos (PSB) teve “o seu Guia mutilado, as inserções suspensas e nenhum direito de resposta concedido no Guia do opositor, mesmo apresentando provas documentais de que o prefeito está infringindo a lei”.

Nonato Bandeira considera ainda totalmente absurda e infundada a suspensão das inserções de Cida porque, assegura, não houve trucagem nem transcrição das palavras do deputado, que na gravação veiculada pelo PSB faz menção ao desvio de quase R$ 10 milhões na obra da Lagoa. O desvio foi constatado pela Controladoria-Geral da União (CGU).