Aguinaldo Ribeiro será ouvido hoje por Sérgio Moro

Vital Filho e Aguinaldo Ribeiro (Fotomontagem: martinsogaricgp.blogspot.com)

Vital Filho e Aguinaldo Ribeiro (Fotomontagem: martinsogaricgp.blogspot.com)

O juiz Sérgio Moro, de Curitiba (PR), vai ouvir hoje (24) oito pessoas – entre elas o deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) – no processo da Lava Jato contra o ex-senador Gim Argello (PTB-DF), acusado de cobrar propina de empreiteiros para dispensá-los de falar a duas CPIs da Petrobras em 2014.

Aguinaldo vai depor – em horário não divulgado – como testemunha de defesa de Argello, juntamente com seus colegas Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e Hugo Leal (PSB-RJ). Também será ouvido o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, condenado a 16 anos e 4 meses de prisão em um processo sobre a Petrobras e também réu em outro processo sob acusação de ter pago até R$ 5 milhões ao ex-senador do Distrito Federal.

Na 28ª fase da lava Jato, em abril, a Policia Federal (PF) revelou um e-mail em que Pinheiro pede a dois subordinados na OAS (que também serão ouvidos hoje) que depositem R$ 350 mil à Paróquia São Pedro, em Taguatinga (DF), por conta do “projeto alcoólico”, um jogo de palavras com a bebida Gim.

Argello, que dará depoimento a Moro na próxima sexta, frequentava a igreja e teria mediado a doação para a festa de Pentecostes, descontando o valor da propina paga pela OAS para não ser chamada à CPI. A defesa de Argello afirma que se manifestará apenas nos autos. Já a OAS informa que não comentará o assunto.

Além dos dirigentes da empreiteira, serão ouvidos por Moro os executivos Ricardo Pessoa e Walmir Santana, da UTC, que já confessaram, em delação, terem pago R$ 5 milhões a Argello para se livrar da CPI. Ambos também são réus no processo.

Vital citado

Vários deputados e senadores que compuseram uma das duas CPIs foram chamados a depor, inclusive alguns citados pelo ex-senador Delcídio do Amaral como participantes do esquema, que incluiria o também ex-senador Vital do Rêgo Filho, hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Além de Delcídio, Vital teve seu nome citado também pelo executivo Gustavo Xavier Barreto, da Andrade Gutierrez, para quem o ex-senador paraibano, então presidente da CPI da Petrobrás, foi um dos mentores do esquema de chantagem montado em conluio com Argello. O depoimento de Gustavo está nos autos da ação penal aberta contra o ex-senador de Brasília na Justiça Federal do Paraná.

(com Rafael Neves, do Metro Jornal Curitiba)

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Uma resposta para Aguinaldo Ribeiro será ouvido hoje por Sérgio Moro

  1. genezio Fernandes figueredo escreveu:

    aonde vamos parar.autoridades que deveriam dar bons exemplos, estão envolvidas em escândalos. ė uma vergonha, para nossa querida paraiba.