A ponte sobre o Rio Jaguaribe na Avenida Beira-Rio, em João Pessoa, dificilmente ficará pronta antes do segundo semestre de 2017. A previsão baseia-se em informações de quem trabalha na obra que se arrasta desde junho de 2014 e nesta segunda-feira (22) completa um semestre de atraso em relação à data prevista para a inauguração (23 de fevereiro de 2016).
A demora no serviço representa um verdadeiro ‘atraso de vida’ para mais de 20 mil pessoas que nos horários de pico passam diariamente de carro ou de ônibus pelo Girador das Andorinhas (ou Inferno das Andorinhas), nome que popularmente consagra a rotatória de acesso e escoamento do trânsito de Altiplano e Cabo Branco para qualquer lugar da cidade, via Beira-Rio.
Motoristas e passageiros da agonia diária que é trafegar no pedaço não devem desanimar, contudo. Metade da ponte deverá ser entregue em dezembro deste ano, arrisca um engenheiro com quem o blogueiro conversou informalmente ontem (19) no local da obra. Com isso, as vítimas da extrema e jamais explicada morosidade que acometeu a obra vão sofrer, doravante, apenas metade do ‘inferno’.
Nessa pisada, a outra metade da ponte não ficará pronta em menos de um ano, a julgar pelo ritmo com que foi montada e curada a primeira parte, efetivamente iniciada em julho de 2015. Enquanto isso, a Prefeitura de João Pessoa, responsável pela interminável obra, valida na prática a extrema atualidade de uma das mais famosas leis de Murphy. Refiro-me àquela segundo a qual “nada é tão ruim que não possa piorar”. Digo assim porque o inferno da Beira-Rio piorou bastante no início desta semana, quando foi redesenhado o desvio do tráfego motorizado a partir do girador e até o vão já concluído.
Com as modificações providenciadas pela Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), em vez de duas faixas para ir da praia ao centro, agora só existe uma. O gargalo estreitou e o congestionamento aumentou consideravelmente. Consequências que poderiam ser amenizadas com alternativas de fluxo por ruas dos dois bairros ou com a presença regular dos guardas de trânsito da Semob para orientar motoristas nos horários em que o engarrafamento forma enormes e tormentosas filas para quem precisa chegar e passar pelo Inferno das Andorinhas.
Evidente que o redesenho foi necessário para abrir espaço à montagem do aterro que encostará na cabeceira do elevado de concreto e ferro planejado para acabar com os alagamentos que qualquer chuva mais pesada formava no trecho do rio assoreado e poluído que corta a avenida. Quando esse serviço ficar pronto, em três meses, estima-se, o trânsito por ali voltará a ter duas pistas. Indo pro centro. Porque voltando, após, será interrompido para começar tudo de novo, só que dessa vez no sentido centro-praia.
Evidente que todo esse transtorno um dia chegará ao fim. Só não precisa coincidir com o final dos tempos.
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