Nos últimos cinco anos, foram fechadas 81 empresas e mais de 10 mil trabalhadores perderam seus empregos no setor sucroalcooleiro da Paraíba. Como se fosse pouco, “o endividamento do setor cresceu somente em 2015 em torno de 15%, com ausência de previsibilidade e de política de incentivo para o mercado de etanol”, informa texto distribuído à imprensa nesta quinta-feira (18) para divulgar o Seminário “O Futuro que Queremos”, aberto pela manhã na Estação Ciência de João Pessoa, no Altiplano do Cabo Branco.
O evento coincide com a abertura da safra de cana-de-açúcar deste ano no Nordeste e coloca a Paraíba no centro das discussões sobre o futuro do setor sucroenergético do país. Organizado pelo Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool), o seminário conta ainda com apoio do apoio dos Sindicatos da Indústria do Açúcar e do Álcool nos Estados de Pernambuco e Alagoas (Sindaçúcar). Na pauta dos debates, a política de preço do etanol, a geração de empregos na indústria canavieira, as novas tecnologias, os impactos positivos da cultura da cana para o meio ambiente e os desdobramentos do Acordo do Clima da COP21.
“O principal foco do evento serão as estratégias de valorização do etanol no mercado de combustível nacional assumidas no Acordo do Clima em Paris (COP21), que prevê dobrar a produção do etanol do país dos atuais 27 bilhões para 54 bilhões de litros até 2030. Na Paraíba, o setor sucroalcooleiro, a principal matriz energética do Estado, fatura em torno de R$ 1 bilhão, gera 44 mil postos de trabalho (diretos e indiretos) em 26 municípios paraibanos e tem forte relevância no PIB agrícola do Estado”, acrescenta a Assessoria de Imprensa do Sindalcool.
Diante do quadro atual e as perspectivas para o futuro, o presidente Executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB), Edmundo Barbosa, enfatiza a necessidade de implementação de políticas públicas na área do etanol, para que o Brasil e a Paraíba possam reduzir a incidência de consumo de combustíveis fósseis (gasolina e diesel) e, também, “reverter essa onda de pessimismo que o setor vem enfrentando com o fechamento de usinas e postos de trabalhos”.
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