O juiz José Ferreira Ramos Júnior, responsável pela propaganda de mídia da campanha eleitoral da Capital, disse hoje (16) à rádio CBN João Pessoa que a Internet será decisiva nas eleições deste ano e deverá favorecer aqueles candidatos que melhor utilizarem a rede mundial de computadores como ferramenta de divulgação, principalmente a partir das redes sociais.
Frisando que falava como cidadão, ele observou também que perdeu força e até sentido em alguns casos o modo tradicional de abordar os eleitores, referindo-se às campanhas que colocam jovens nas ruas portando bandeiras e distribuindo material impresso, santinhos principalmente, para divulgar suas candidaturas.
Relatou que recentemente esteve em Teixeira, no Sertão paraibano, para uma solenidade de elevação de comarca, e lá hospedou-se em um hotel que fica de frente para uma praça. No final de tarde, Ferreira conta que foi passear um pouco – “aproveitando a passagem do vento do Aracati” – e viu na mesma praça, talvez no mesmo banco, um grupo de pelo menos dez jovens manuseando celulares, cada um mais fixado do que o outro no aparelho à mão.
“Eles não conversavam. Estavam perto de quem estava longe e longe de quem estava perto. A cena mostra a força da Internet e das novas tecnologias da informação e da comunicação”, comentou o juiz, para argumentar que durante uma campanha curta como a de 2016, com restrições de propaganda e limitações de arrecadação, contar com as redes sociais – a custo zero, praticamente – é uma das melhores alternativas de que dispõem os candidatos para alcançar e interagir com o eleitorado.
O magistrado considera que a mini-reforma eleitoral, aprovada ano passado pelo Congresso Nacional, veio estabelecer um equilíbrio entre candidatos, partidos e coligações em matéria de propaganda de mídia. Uma das inovações na legislação que asseguraria esse equilíbrio estaria no fato de este ano o guia eleitoral ser apresentado obrigatoriamente pelos candidatos.
Com a mudança, nenhuma campanha poderá contratar um ‘astro’ do rádio ou da televisão para apresentar as propostas e posicionamentos do candidato. Na avaliação do juiz, a novidade nivela ricos e pobres no momento de falar diretamente ao eleitor, quando o candidato terá que convencer e conquistar votos por suas ideias e projetos, além da história pessoal e política de cada um.
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