Reitora Margareth Diniz, da UFPB (Foto: Andifes)

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) deve sofrer em 2017 cortes de verbas que somados reduzirão em 55% os recursos destinados ao orçamento da instituição. A redução maior, da ordem de 45%, atingirá as verbas com as quais a Universidade investe em obras e equipamentos. Já o dinheiro para manutenção, ou seja, pagar água, luz, telefone, limpeza e vigilância, entre outras despesas, deve ser cortado em 10%.

A informação foi confirmada nesta segunda-feira (15) pela reitora Margareth Diniz, lembrando que anteriormente a disposição anunciada pelo governo em Brasília, através do Ministério da Educação, era de cortar 60% na rubrica de capital e 20% no custeio das instituições federais de ensino superior.

Mesmo sem os cortes anunciados, as atividades de ensino, pesquisa e extensão nas universidades federais já foram duramente afetadas este ano com decisões de governo que resultaram, por exemplo, na redução de 74 bolsas de pós-graduação e de 124 de iniciação científica apenas na UFPB.

A extensão sem recursos

“Além disso, nossa Universidade, que por três anos seguidos foi primeiro lugar no país em projetos de extensão, este ano não recebeu um centavo sequer para o ProEx, o programa institucional dessa área”, queixou-se a reitora, referindo-se ao trabalho de extensão universitária da UFPB.

Graças à extensão, a universidade leva à comunidade e junto a ela aplica as tecnologias e conhecimentos desenvolvidos em pesquisas científicas. Com isso, viabiliza ainda diversas formas de prestação de serviços e orientação técnica às camadas mais desassistidas da população.