Câmara olímpica, por José Mário Espínola

câmara plenário

À propósito da atividade parlamentar, faço a seguinte pergunta:

– O que os parlamentares achariam se médicos, enfermeiros, fisioterapeutas das UTIs do Brasil reduzissem as respectivas cargas horárias por conta das Olimpíadas? Será que eles abonariam as nossas faltas? E perdoariam as consequências?
Explico: o Brasil está na ÚTI, tentando sair da crise em que se encontra, e a equipe médica da República, formada pelos parlamentares, resolveu reduzir suas cargas horárias e trabalhar apenas 2 dias por semana, a pretexto dos jogos olímpicos. Será que as outras instituições da República vão fazer o mesmo?
Fim do ano passado, no auge da crise, o STF tirou FÉRIAS!?!, deixando pendente a profunda desarmonia entre o Executivo e o Legislativo, o País pegando fogo, justamente quando a República clamava por um mediador isento e respeitado.
Acho que a atitude anunciada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tomou o STF como exemplo. Não concorde com esta irresponsabilidade, diga não ao seu parlamentar.
José Mário Espínola
Cidadão e Médico
É BOM ESCLARECER
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Uma resposta para Câmara olímpica, por José Mário Espínola

  1. Arael Costa escreveu:

    Considere-se, também, os diversos mau exemplos que inúmeras classes “trabalhadoras” nos dão, como o Judiciário, que a qualquer ensaio de festa decreta seu ponto facultativo, muitas vezes criando um feriadão, como ocorreu nesta semana, que para eles começa hoje – quarta feira e vai até o meio dia da sexta.
    Nunca aquele mote de Ascenço Ferreira – “Hora de comer — comer!/Hora de dormir — dormir!/ Hora de vadiar — vadiar!/ Hora de trabalhar?— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!” (poema Filosofia) foi seguido com tanta convicção…