Explosão jogou caixa eletrônico na calçada do shopping (Foto: Walter Paparazzo/G1)

A propósito da nota “Bandido faz a festa na Paraíba”, chamou-me a atenção uma das muitas mensagens que circulam nas mídias sociais, refletindo a trágica situação em que vivemos nesta Paraíba velha de guerra, quiçá no Brasil, onde vida e patrimônio dos cidadãos de bem nada valem.

Na mensagem a que me refiro, um cidadão registra o seguinte: concomitantemente ao terrorismo no Bessa Shopping, em João Pessoa, onde um bando assaltou, atirou contra cidadãos de bem, interditou ruas, fez reféns e explodiu caixas eletrônicos na madrugada do sábado (23), a Polícia dava segurança a uma blitz da Lei Seca, no Altiplano.

Blitz que se repetiu na noite-madrugada seguinte na Argemiro de Figueiredo, após a cachaçaria Dona Branca, também no Bessa, e na ‘Rua da Mata’ do Cabo Branco. Tudo para pegar (e arrecadar) de quem sai de restaurantes. E nada de Polícia onde a população mais precisa de Polícia!

O meu comentário, complementar.

Sem sombra de dúvidas, é bem mais confortável perseguir pacatos cidadãos que ainda ousam desfrutar alguns instantes de lazer no final de semana, em uma comemoração de aniversário ou um jantar ou almoço com amigos ou familiares, pois estes não portam armas (por índole pacifista ou em obediência a essa legislação draconiana, fundada no princípio de que ao cidadão comum só resta balançar a cabeça, feito lagartixa) e não reagem a abusos a que sejam submetidos.

No tocante aos assaltos a bancos, acredito que a população que bate palmas à ação extremamente eficaz dos órgãos de segurança, desbaratando no nascedouro grupo terrorista tão perigoso que o próprio Ministro da Defesa não teve outra classificação para lhes dar se não a de “porra-loucas” (assinale-se que nem armas possuíam, pois ainda não tinham conseguido comprar, pela Internet, um mísero fuzil ou, pelo menos, uma espingarda de soca), agora use seu treinamento e suas condições operacionais altamente eficientes para desbaratar essas pequenas quadrilhas que “visitam” nossos bancos, fora de seu expediente normal.

Espera-se, pelo menos, que não entendam que as quadrilhas a desbaratar sejam as de São João.

(do Professor Menezes)