A Comissão de Anistia, ligada ao Ministério da Justiça, aprovou na em sua 12° Sessão de Julgamento de 2016, na quarta-feira (6), a condição de anistiada política post-mortem a Margarida Maria Alves, líder sindical rural assassinada em 1983, em Alagoa Grande, na Paraíba.
Margarida Alves presidiu o sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (AL) de 1967 até 1983, quando foi assassinada. Lutou pelos direitos dos trabalhadores do campo, como jornada de trabalho de oito horas, carteira assinada e 13º salário. Ela foi assassinada por um matador de aluguel, a serviço dos usineiros do Brejo paraibano.
O relator do caso na comissão, conselheiroVirginius Lanza entendeu que houve perseguição de natureza política a Margarida Alves, assim como a outras lideranças camponesas, casos de Francisco Julião e Maria Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro Teixeira, que teve sua história contada no documentário “Cabra marcado para morrer”, de Eduardo Coutinho.
A Comissão decidiu que os filhos de Margarida terão direito a uma prestação mensal de R$ 1,7 mil e um retroativo — montante acumulado durante os anos de perseguição — de R$ 181 mil.
Fonte: Jornal O Globo
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