Esta foto merece todos os prêmios do fotojornalismo brasileiro em 2016. É obra do repórter-fotográfico Jorge William, de O Globo, que flagrou na tarde de quinta-feira passada (30/6) o sorriso de Carlinhos Cachoeira no momento em que o bicheiro goiano deixava o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, dentro de um camburão da Polícia Federal.
Preso em Goiânia (GO) pela Operação Saqueador da PF, por ordem do juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Criminal do Rio, na sexta-feira (1º) o empresário seria beneficiado com prisão domiciliar por decisão do desembargador Antônio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2, RJ).
“Tal decisão seria o motivo do sorriso de Cachoeira?”, devem ter se perguntado os procuradores da República que pediram a prisão de Cachoeira, sugerindo que o bicheiro sorria feliz da vida, mesmo preso, porque já saberia ou pressentia que seus advogados conseguiriam ligeiro uma liminar em segunda instância que beneficiasse largamente o cliente.
Com isso, Carlinhos Cachoeira poderia retornar para o seu lar, premiado com uma tornozeleira eletrônica que lhe permitiria responder no conforto da mansão onde mora na capital de Goiás às acusações de que participou de um esquema de lavagem de dinheiro público (cerca de R$ 370 milhões) em conluio com Fernando Cavendish (à esquerda na foto menor, abaixo), ex-dono da construtora Delta.
Cachoeira ‘deu azar’, contudo. A situação financeira do Estado do Rio está tão braba que o governo fluminense não dispõe de recursos para comprar tornozeleira eletrônica. Por falta do equipamento, até a manhã de hoje (5) o bicheiro encontrava-se na penitenciária Bangu 8, no Rio, onde ele e o seu suposto comparsa tiveram a cabeça raspada (veja ao lado) nos conformes das regras da casa.
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