Uma declaração do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) na Comissão Especial do Impeachment na quinta-feira (23) e outra da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), em entrevista neste sábado (25) à rádio ‘Itatiaia’, deverão ser usadas pela defesa da presidente Dilma Rousseff.

Líder do PSDB, ele disse que “o descumprimento da meta, em si, não caracteriza o crime de responsabilidade”. Líder do governo Temer no Senado, ela afirmou que Dilma não foi afastada por conta das pedaladas fiscais, mas em razão da crise política.  “Não teve esse negócio de pedalada, nada disso. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar”, sentenciou.

Segundo o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, advogado de Dilma, a manifestação de Cássio “auxilia extremamente a tese que tem sido colocada por diversas testemunhas – servidores de carreira -, porque está claro que os decretos de abertura de crédito suplementar não afetaram a meta fiscal, nem antes e nem depois de sua alteração por meio de um projeto aprovado pelo Congresso Nacional”.

Já sobre a opinião de Rose de Freitas, Cardozo afirmou ao jornal Folha de São Paulo “que vai transcrever as frases e anexar o discurso da senadora na defesa da petista”, porque a fala da senadora capixaba provaria que houve “desvio de poder” na abertura do processo de impeachment.

Ainda sobre a observação de Cássio, o sítio PT no Senado (ptnosenado.org.br) atribui a fala do senador paraibana a um “ato falho” e acrescenta que o líder tucano “se embolou na retórica”. De qualquer forma, os petistas acreditam que o suposto ato falho “contribui em cheio para a tese da defesa da presidenta Dilma Rousseff”.