Entre o sacrifício pessoal e a vitória de João Azevedo
Ricardo Coutinho desfez ontem as dúvidas de eleitores, aliados, jornalistas e, sobretudo, dos partidos de oposição sobre sua permanência ou não no governo.
Antes de tudo, registre-se, foi divertido constatar o festival de barrigadas que blogueiros, radialistas e torcedores de toda espécie produziram ao longo dos últimos dias, numa ansiedade provavelmente maior que a do próprio governador, quando “noticiaram”, a partir de “fontes exclusivas” − quá, quá, quá! − a antecipação da renúncia de RC.
Os “sinais” − parte da imprensa deixou definitivamente de lado o fato para “interpretar” sinais − eram para esses jornalistas por demais evidentes: uma hora eram caminhões de mudança que entravam e saíam da Granja Santana; em outra, a “antecipação” de inaugurações de obras; alguns chegaram mesmo a identificar um tom de despedida nas palavras proferidas pelo governador nos últimos dias antes do anúncio fatal.
Mesmo em meio às dúvidas, se alguém se divertiu nos últimos dias esse alguém deve ter sido Ricardo Coutinho.
Mas deixemos o prosaico de lado e passemos à análise dos fatos.
Primeiro, a opção pela permanência no cargo indica que Ricardo Coutinho decidiu priorizar a continuidade do projeto político-administrativo por ele iniciado em 2011, ao invés de dar seguimento à carreira política tentando uma provável eleição para o Senado, como fizeram sucessivos ex-governadores antes dele.
Certamente, essa a decisão de ficar não foi fácil, mas a bifurcação em que RC se encontrava não permitia que ele fugisse do sacrifício pessoal, possibilidade finalmente ratificada por ele, ontem.
Com a vice, Lígia Feliciano, movida pela ambição de ser governadora sem ter liderança nem identidade histórica com o projeto político que RC representa na Paraíba, o governador só contava com seu sacrifício pessoal para impulsionar seu governo reformador na Paraíba.
Sair do governo seria colocar esse projeto em risco e, de alguma maneira, Ricardo fez o que se esperava dele.
Um parêntese: página virada, os Feliciano colherão agora os frutos de sua decisão. Se a condição de Lígia Feliciano foi estratégica até ontem, o que lhe dava uma posição privilegiada nas negociações, agora se reduz quase à insignificância política.
E como a política costuma ser implacável com os erros, não é difícil antecipar um cenário de derrota para Damião.
Enfim, a decisão de RC exprime uma manifesta confiança na vitória do candidato já lançado, João Azevedo, apontado como um dos corresponsáveis pelo sucesso administrativo das gestões do PSB.
Sem nomes considerados competitivos na oposição, João Azevedo vai à disputa tendo como principal fiador um dos governadores mais bem avaliados do Brasil e postulando dar continuidade a um governo repleto de grandes realizações, a última delas inaugurada nesta semana, o gigantesco Hospital Metropolitano.
Além, claro, de uma máquina partidária que promete ser arrasadora, com poder de enraizamento que levará a candidatura de João Azevedo a todos os rincões do Estado.
E com o governador com a experiência e sagacidade políticas de Ricardo Coutinho no cargo para ajudar nas articulações, na montagem da chapa (um dos candidatos ao Senado, Veneziano Vital do Rego, foi anunciado ontem) e inaugurações por todo o Estado, o que não poderia fazer caso fosse candidato ao Senado.
Ou seja, se houve um grande beneficiário da decisão anunciada ontem por RC, esse alguém se chama João Azevedo.
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3 Respostas para O FICO DE RICARDO, por Flávio Lúcio Vieira
VAMOS TRABALHAR TODOS PARA DERROTAR ESTE MAL QUE SE CHAMA RICARDO COUTINHO. ARROGANTE, SEM SENTIMENTOS DE HUMANIDADE, PERVERSO, CRUEL, PERSEGUIDOR E MENTIROSO.
Nem Ricardo sabia o que fazer. Agora vai quebrar o estado para tentar eleger o camdidato. Não vai conseguir.
Sua torcida pelo governo RC , Flávio Lucio e visível.
Vemos no entanto, que o governador a preço de hoje, .mais uma vez tende e ficar na sageta, pois apresenta candidatos sem carisma, e sem condições e conquistar votos.
O próprio governador, somente se reelegeu garças a Maranhão.
Portanto, falta tão somente as oposições se organizarem, para nocautear o governador e a galera do PSB, já no primeiro turno, embora , o nobre jornalista escreva o contrário.