“Nada a temer, senão o correr da luta”, canta Sandra Moura

Sandra Moura, jornalista e professora da UFPB (Foto: Divulgação)

Acho graça quando algum colega diz que a Chapa API na Vanguarda, liderada pela jornalista e professora Sandra Moura, foi à Justiça para ganhar “no tapetão” ou com receio de perder no voto a direção da entidade.

Acho graça, primeiro, porque são duas inverdades tolas. Ninguém requereu em juízo o cancelamento das eleições na Associação Paraibana de Imprensa. Apenas o adiamento da votação para dar ao atual presidente, João Pinto, oportunidade de provar que filiou novos associados de acordo com a lei da casa, que vem a ser o Estatuto da API.

Lamentavelmente para João e mentores, ele não vai conseguir provar filiações regulares sob seu mandato. Seja na Justiça, em Paris, Moscou ou Santana dos Garrotes. Porque nunca encaminhou à Comissão de Sindicância (que sequer formou) qualquer pedidos de filiação, como manda a regra do jogo, ou seja, o Estatuto da API.

De modo que o chororô dos companheiros da situação de que a oposição tem medo de urna é pura bobagem. Começa pelo fato de Sandra ser firmemente apoiada por pelo menos quatro ex-presidentes da API que disputaram e venceram – eles mesmos ou apoiando outros – todas as eleições da entidade nos últimos 30 anos. Começando por este que vos escreve.

Já o nosso estimado JP é, justamente ele, o único candidato nessa peleja que jamais disputou uma eleição na API. Ele esteve presidente em substituição a José Euflávio, que renunciou no meio do mandato para o qual foi eleito em 2000 (se não me engano). Depois, mais uma vez vice, assumiu por mais dois anos enquanto Marcela Sitônio dirigia a Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba. Finalmente, foi eleito presidente em 2015. Chapa única.

Sandra Moura, por sua vez, pelo que conheço, não teme outra coisa a não ser “o correr da luta”, como diria o poeta Luiz Carlos Sá. Porque se tem uma coisa que ela disputa e costuma ganhar é o tal do voto. Desde estudante, quando foi eleita para o Centro Acadêmico de Letras da UFPB. Disse Letras? É isso mesmo. Ela fazia os cursos de Jornalismo e Letras ao mesmo tempo, numa época que isso era possível em uma universidade pública.

Agora vem o melhor. Uma vez professora concursada, seus pares e ímpares já elegeram a moça para vice-diretora do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), o maior da UFPB. Ocupou também o cargo de chefe do Departamento de Comunicação, o velho Decom de guerra, mais uma vez por obra e graça de uma eleição.

Da mesma forma, foi eleita coordenadora do Mestrado de Jornalismo da UFPB e, antes de ser vice do CCHLA, conquistou no voto direto, limpo e livre – como se quer na API – uma cadeira do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), da mesma Universidade.

“Ah, mas foi na Universidade”, questionará algum pintista aperreado. “Vai lá se candidatar, pra ver como é”, rebateria algum sandrista juramentado. De fato, não é mole concorrer a um cargo de relevo na Academia, seja no meio docente, discente ou técnico-administrativo.

Em qualquer dos segmentos, em uma Universidade como a UFPB todo mundo está sempre muito exposto e sob avaliação permanente. Avaliação criteriosa ou simplesmente rigorosa, caso o avaliado tenha como avaliador ou avaliadora algum(a) oponente. De sorte que pra vencer no campus, candidato ou candidata tem que convencer a maioria de alunos, professores e funcionários.

Como diria meu amigo Zé Benício, de Cajazeiras, “é arrocho, compadre”.

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