(Foto: Ilustração/ABEB)

Em 2001, apenas 13,8% das crianças de zero a três anos tinham acesso a creches na Paraíba. Em 2015, o número alcançou 28,5%, muito distante ainda da meta de 50% que deveria ter sido ‘batida’ em 2016, segundo o Plano Nacional de Educação (PNE).

Apesar dessa realidade, a Paraíba é o terceiro estado com melhor desempenho na inclusão de crianças daquela faixa etária na educação infantil, superado apenas pelo Ceará (33,4%) e Rio Grande do Norte (32,6%), primeiro e segundo colocados em todo o Nordeste.

Dados como esses estão expostos no Anuário Brasileiro da Educação Básica 2017, lançado ontem (22) pelo movimento Todos Pela Educação e pela Editora Moderna. A desigualdade educacional no país, que atinge a maioria das crianças brasileiras desde os primeiros anos de vida, é o principal foco da publicação, que atingiu a sua sexta edição este ano.

Já na pré-escola, a Paraíba aparece em penúltimo lugar no Nordeste, com apenas 91.6% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas naquela fase do ensino. Na região, o Estado só ‘ganha’ mesmo de Alagoas, que em 2015 matriculava apenas 83,3% de suas crianças na pré-escola.

No ensino fundamental (7 a 14 anos), segundo a taxa líquida de matrícula do período de 2001 a 2011, a Paraíba apresenta índice de 96,9% e melhora um pouco nesse ‘ranking’. Supera, além de Alagoas (95,9%), o vizinho Rio Grande do Norte (96,4%).

Na taxa líquida de matrícula do ensino fundamental entre os anos de 2007 e 2015, todavia, vê-se que a Paraíba involuiu, apresentando índice 96.8%, empatando com Sergipe e Bahia e matriculando mais do que Pernambuco (96,6%) e Alagoas (95,1%).

No ensino médio (jovens de 15 a 17 anos), a Paraíba chegou a 2015 com a quarta melhor taxa de matrículas do Nordeste: 55,6%. Perde para o Ceará (63,7%, disparado o melhor índice da região), Pernambuco (55,9%) e Maranhão (55,8%).

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