PEC que reserva metade das secretarias de Estado a mulheres enfrenta machismo na Assembleia

(Foto: Ilustração/Diálogos Políticos)

Machismo, sexismo e apego a cargos de alguns deputados com afilhados em funções estratégicas de governo atuariam como elementos de resistência à aprovação, na Assembleia Legislativa da Paraíba, de proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê a ocupação de metade das secretarias de Estado por mulheres.

A revelação foi feita hoje (3) pelo deputado Anísio Maia (PT), autor da PEC 19/2017, que estabelece a paridade de gênero na composição do secretariado do Governo do Estado. “Embora as mulheres sejam a maioria da população, estão completamente sub-representadas em espaços institucionais. Citando rápidos exemplos, são menos de 10% na Câmara dos Deputados e menos de 5% em nossa Assembleia Legislativa”, disse.

Anísio Maia recorre a alguns dados que evidenciam essa sub-representação em desfavor das mulheres. Lembra que as mulheres são na média mais escolarizadas que os homens e formam 52% do eleitorado do Brasil, que ocupa o 123º país no ranking mundial da participação feminina no poder. Ranking que o deputado atribui à Organização das Nações Unidas (ONU).

“O deputado explicou que a PEC 19/2017 é, portanto, uma estratégia para enfrentar o machismo e obstáculos sexistas que impedem que mulheres atuem como formuladoras, gestoras e executoras de políticas públicas”, destaca a Assessoria de Imprensa do parlamentar, citando o Canadá como exemplo de política de governo vitoriosa em favor das mulheres no poder.

“Em novembro de 2015, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou a formação de seu governo nomeando paritariamente 15 homens e 15 mulheres para as 30 pastas de seu Ministério. Questionado sobre o motivo de sua decisão ele respondeu: Estamos no século XXI”, complementa nota distribuída pelo Assessoria de Anísio Maia.

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