Paraibanos mobilizam apoiadores de vaquejada para ocupar Brasília dia 25

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A reação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a vaquejada não se limitará a protestos de rua nesta terça-feira (11) em João Pessoa e outras 45 grandes cidades brasileiras. A ideia dos organizadores do movimento, que começou na Paraíba e ganhou adesões em todo o país, é ocupar Brasília no próximo dia 25 e lá realizar uma vaquejada em plena Esplanada dos Ministérios.

“Vamos mobilizar gente de todas as regiões. Vamos a cavalo, de carroça, em caminhões, da forma que cada um puder para defender a nossa vaquejada”, disse hoje (10) Valter Trigueiro Júnior, presidente da Associação dos Vaqueiros Amadores da Paraíba, um dos líderes da manifestação de amanhã na Capital, que terá início às 9h na Praça da Independência e término na Praça dos Três Poderes, no centro da cidade.

Vaqueiros e praticantes de vaquejada estão se deslocando desde hoje de vários pontos do interior para João Pessoa. Alguns trarão animais, veículos e utensílios próprios do que chamam de esporte para exibir aos pessoenses. Pretendem, principalmente, chamar a atenção das autoridades do Estado e políticos para a ameaça a uma atividade que, além de fazer parte das tradições nordestinas, emprega milhares de pessoas em todo o Brasil e somente no Nordeste movimentaria cerca de R$ 15 milhões todos os anos.

Em Brasília, os vaqueiros e seus apoiadores não vão apenas repudiar publicamente o resultado do julgamento realizado pelo STF na quinta-feira (6), que considerou inconstitucional lei estadual do Ceará que regulamentava a vaquejada. Com isso, a vaquejada passa a ser proibida por supostamente ofender princípios constitucionais e leis ambientais, em razão de pretensos maus-tratos a animais. “Vamos pressionar os senadores a aprovarem proposta que considera a vaquejada patrimônio cultural”, acrescentou Valter Trigueiro Júnior.

A proposta a que ele se refere foi aprovada em caráter conclusivo no dia 1º de dezembro do ano passado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal e seguiu para o Senado, onde ainda tramita. O relator da matéria na CCJ da Câmara foi o deputado federal paraibano Efraim Filho (DEM), que fundiu três projetos de lei para chegar ao texto final que concede status de manifestação da cultura nacional tanto à vaquejada como ao rodeio.

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7 Respostas para Paraibanos mobilizam apoiadores de vaquejada para ocupar Brasília dia 25

  1. Agora é conosco, não admitimos interferencias indevidas em nossa cultura e tradição, senhores juizes! estão pensando o quê.

  2. kyel vaqueiro escreveu:

    É lamentavel como nosso amigo Marcelo se posiciona…..infelizmente vc nunca vivenciou ou participou de um evento desses…vc deveria criticar esses corrupitos politicos ladrões que estamos vivenciando a policia Federal prender………por seu saber, existem pessoas que está a uma vida praticando a vaquejada,,,,e para o seu saber, o vaqueiro do sertão, não só do nordeste, como em outros rincões de nosso país, vivem na lida do gado, é o prazer deles, é cuidar bem de seus cavalos, e há até disputas para pegar o boi…foi levado do sertão para as pistas, para o sertanejo ter um momento de felicidade e lazer com sua familia e amigos…quanto a prostituição,em todos os lugares tem,,olhe para sua familia.. talves tenha lá tambem…cada um escolhe o que quer ser….para de comer carne….estão matando os bois….sou pobre.orgulhosamente e aqui no centro do BRASIL… tem pista de vaquejada,,,,,,,,,,aqui em casa mesmo,,,vem visitar e ver os cavalos de carroça tratados, os de vaquejada, os de cavalgada e os bois,,,que os de treino morrem aqui,,,estou a quarena anos praticando……tente mudar o tipo de politica, que vc talves esteja ajudandoo mais pobres,,,,,sabe pq estamos nessa crise forçada, por causa da quantidade de ladrões em todos os sentidos se dando de bem nas costas dos mais pobres e desorganizados,,,,,,procure se informar e participar ao menos como telespectador e ver o verdadeiro esporte, genuinamente brasileiro……vc acha vaquejada cruel, e o MMA, SERA Q É CRUEL…TENTE DERRUBAR ESTE ESPORTE,,,ELE SIM É CRUELDADE com ANIMAIS PENSANTES BRIGANDO PARA GANHAR DINHEIRO……AMIGO…deixe de demagogia e esqueça quem só tem ajudado o Brasil…

  3. Francisco de Sousa Ramalho escreveu:

    Prezado Marcelo, é lamentável que você como Nordestino venha a se posicionar contra um esporte que faz parte da cultura do nosso povo. Você mostrou que desconhece completamente do que seja a vaquejada, Eu pediria ao caro amigo que procure se informar da ABQM e da ABVAQ o que é hoje a Vaquejada, antes de se pronunciar sobre este esporte, pois você poderá cometer uma grande injustiça com a sociedade nordestina, da qual você faz parte.

  4. Rodrigues Marcelo escreveu:

    Há uma forma de fazer a vaquejada sem derrubar o boi? fazer o animal entrar numa corrida, que para o pretenso “vaqueiro” (sim, chamar esses “esportistas” de vaqueiros pra mim fere a imagem do real vaqueiro que usa da prática apenas como instrumento de trabalho e não como entretenimento para uma plateia em sua maioria leiga que não sabe da vida do animal nem da imagem original do vaqueiro).. como dizia, para o pretenso vaqueiro trata-se apenas de uma demonstração de agilidade e força, mas para o boi é uma corrida pela vida, que termina numa queda regada de medo e stress, isso não é esporte. Sou nordestino, sei da minha nordestinidade, e não me vejo representado na vaquejada. Cultura é algo mutável, costumes de gosto duvidoso não devem ser perpetuados com a desculpa de tradição e identidade cultural. Durante a história da humanidade muita coisa antes considerada manifestação cultural foi abandonada em nome da evolução da sociedade. Embora deva reconhecer que a atividade movimenta a economia paraibana, não devemos deixar de pensar que esse montante de 15 milhões não se destina a manutenção da cultura paraibana, senão apenas aos bolsos dos grandes criadores e outros, inclusive políticos que enriquecem com essas atividades, com a contratação de bandas de grande porte do nordeste de cachê alto, enquanto o verdadeiro vaqueiro, aquele que trabalha de peão nas fazendas e os pequenos criadores de gado do sertão não têm sua vida melhorada em nada. Atualmente a vaquejada não passa de pão e circo com desculpa de manutenção da cultura, nesses festivais nada além de festa, bebida e prostituição é perpetuado.

    • ADRIANA ALVES escreveu:

      Aiai sabe por que falam isso por que vcs tem o dinheiro e um trabalho e quem viviem disse não tem estudo e ai como ficaria as famílias nordestinas se coloca no lugar de quem e leigo não tem estudos não sabem se expressar.

  5. Newton Mota escreveu:

    Caro Rubão, se fosse um esporte do Sul maravilha, pretenso olimpo da cultura universal, além de ter apoio financeiro e patrocínio dos bancos oficiais inclusive, sequer o processo chegaria a pauta do STF.
    Pior que proibir a tradição cultural e o exercício pleno da nossa nordestinidade, o STF agrediu o nordeste por inteiro a interferir na nossa cultura secular. Feriu de morte um esporte auto sustentável, que não depende de bancos e nem do BNDES maravilhoso.
    Pior que desempregar e deixar milhares de pessoas abandonadas no sertão nordestino, neste momento, exterminando uma cadeia economica/financeira desenvolvida no cerne da cultura da região por sua gente; é simplesmente os Senhores Ministros(STF) se deleitarem à mesa com a picanha em decomposição do boi abatido à paulada, foiçada, etc.
    Se a justificativa é que o boi morto faz parte da cadeia alimentar, me parece absurda, pois o boi vivo na vaquejada alimenta muito mais gente, em face do que representa economica e financeiramente.
    O STF julgou o que não conhece e tirou o prato da mesa de muita gente.
    Pior ainda é o silêncio das autoridades, dos governadores por exemplo. Mas, o nordestino aprendeu a duras penas a enfrentar dificuldades e a vencê-las, e vai vencer mais esta. Nosso incondicional apoio !