Temer respira por aparelhos e o PSDB põe a mão na tomada

Cássio com Temer: ‘morte cerebral’ (Foto: Paraíba.com)

Enquanto Temer ameaça lá fora, em pleno G-20, nos fazer mais vergonha alheia ainda do que já fez quando esteve mês passado na Rússia e Noruega, por aqui o PSDB articula – no melhor estilo tucano – a troca da ‘Solução Michel’ pela ‘Solução Rodrigo’ (Maia).

Acreditar que o PSDB prepara um golpe para derrubar Temer é fácil. Primeiro, porque o partido tem experiência na matéria. Segundo, porque Temer parece tanto com um doente em estado terminal que até o avião presidencial foi rebatizado de ‘UTI aérea’ por sua própria claque.

Respirando por aparelhos, o atual ocupante da Presidência da República corre sério risco de ser vítima de eutanásia que lhe prepara um dos principais sócios na empreitada golpista que despejou Dilma Rousseff do Alvorada. E quem já admite publicamente desligar o ventilador mecânico (ou respirador artificial) é ninguém menos que Tasso Jereissatti, presidente interino do PSDB.

Por sua vez, Cássio Cunha Lima deu ontem (6) outro sinal de que os sinais vitais de Temer sinalizam para uma ‘falência múltipla dos órgãos’. Falando a um grupo de investidores, conforme divulgou a Folha de São Paulo, o senador paraibano diagnosticou a morte cerebral do governo e previu o sepultamento para 15 dias.

Segundo Cássio, o quadro de Temer agravou-se nos últimos dias com a prisão de Geddel Vieira Lima, o avanço da delação de Eduardo Cunha e a escolha de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) como relator da denúncia da Procuradoria-Geral da República sob análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados.

Zveiter, jurista de carteirinha, ex-presidente da OAB no Rio de Janeiro, é super, mega, hiper ligado a Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, virtual maior interessado em suceder Temer. Maia é também o nome que o PSDB garante ajudar a eleger presidente-tampão.

Para tanto, um roteiro já estaria traçado: Zveiter apresenta e aprova na segunda-feira (10) um parecer contra Temer na CCJ, onde a maioria é ‘convencida’ da corrupção passiva do inquilino do Jaburu, e o resultado repete-se depois, em sequência, no plenário da Câmara e no Pleno do Supremo, onde o PSDB também seria majoritário.

Significa que Gilmar Mendes e assemelhados aceitam a ação penal contra Temer e ele é automaticamente afastado do cargo por 180 dias, sendo automaticamente substituído por Rodrigo Maia.

Ao final do período, sob as bênçãos do mercado e da força política brasileira mais afinada com o grande capital, ou seja, o PSDB, Maia é ungido presidente em eleição indireta no Congresso Nacional com o compromisso de ficar só até o final do próximo ano.

Diante de prescrição tão venenosa, só um milagre salva Temer. O milagre da compra de votos cada vez mais caros entre os que lhe vendem o apoio em troca da liberação a rodo de emendas ao Orçamento da União, reforçada pela nomeação de afilhados para cargos ainda vagos na administração federal.

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