UMA JUVENTUDE LIBERTÁRIA: PERPLEXIDADES E INSURGÊNCIAS (I), por Francisco Barreto

Crédito:  Jacques Marie

Universitários e policiais se enfrentam nas ruas de Paris (Foto: Jacques Marie/IstoÉ)

Durante quase seis anos vivi exilado, a partir do início de 1969. Pude vislumbrar o que significaram as causas e as consequências das insurgências de 1968. Aqui e agora, 50 anos depois, exponho a minha limitada percepção do que ainda guardo, do meu sentir e ver, sobre a rebeldia juventude em defesa de princípios libertários. São registros esparsos da minha memória.

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AGRAVANTES DA TRAGÉDIA, por Babyne Gouveia

Ilustração de mapa-múndi com fios vermelhos ligando cidades e países

(Getty Images/BBC)

A irreverência parece lutar contra a razão. Esse é o comportamento de boa parte da população brasileira, que não acorda para a dimensão da tragédia atual. Haja indisciplina.

Vivemos um daqueles momentos da história onde a desarticulação prevalece em quase todos os sentidos. O governo sem coordenação, a economia sem direção, os desempregos registrando índices desastrosos, os preços dos combustíveis sendo reajustados frequentemente, os alimentos com valores alarmantes, ausência de planos para a saúde e para a educação, e a população nas baladas e em locais de agregação.

As pessoas perderam o senso e a vergonha e fazem aglomeração, festas e reuniões em bairros populares e em mansões, sem contar que estamos ouvindo queixas da vacina de ar, água ou com soro fisiológico. Perco a cada dia a confiança em dias melhores.

Pergunto em que pedaço da história a gente errou como indivíduo. Realmente, a pandemia trouxe à tona, de maneira evidente, o pior das pessoas, sejam governantes alheios às prementes necessidades da população, sejam os próprios cidadãos adotando condutas inconsequentes.

Sem uma essência empática comum a toda a nação vai ser difícil acreditar que podemos vencer ou ao menos controlar a pandemia e o morticínio diário que a Covid impõe a todo o país, no Brasil agravado pela calamidade administrativa no enfrentamento da maior catástrofe sanitária que se abateu sobre a humanidade.

  • Babyne Gouvêa é biblioteconomista