Blog traz esclarecimentos sobre a nomeação de filha de desembargador para Cabedelo

O blog obteve finalmente ontem (2) – e reproduz adiante – esclarecimentos que em vão pediu por dois dias seguidos (31 de janeiro e 1º últimos) ao Tribunal de Justiça da Paraíba (foto) sobre a nomeação da advogada Luara Fidélis para um cargo na Comarca de Cabedelo. Concursada, ela foi nomeada por força de decisão judicial em mandado de segurança impetrado pela candidata. Decisão questionada e atribuída em redes sociais a uma suposta influência de seu pai, o desembargador Leandro dos Santos.

“O concurso no qual Luara foi aprovado é de 2008 e sua nomeação somente veio a se efetivar quase nove anos depois. Ela foi uma das primeiras a ingressar na Justiça para fazer valer o seu direito, já que foi aprovada dentro do número de vagas (cerca de 300) abertas pelo TJPB. Antes dela, porém, mais de 20 candidatos que também entraram com mandado de segurança foram nomeados”, informou advogado(a) que conhece o caso e se dispôs a falar ao blog sobre o assunto.

A mesma pessoa garante que Leandro dos Santos jamais interferiu no processo de Luara. “Se formos acreditar que a decisão que amparou Luara deu-se por influência de seu pai, devemos acreditar, então, que os mais de 20 concursados nomeados antes dela têm mais prestígio e mais força do que o Doutor Leandro, apesar de nenhum deles ser filho de desembargador”, observou.

A pessoa consultada pelo blog lembrou ainda que o concurso ao qual submeteu-se Luara foi regionalizado e ela aprovada para a 1ª Região, composta pelas comarcas da região metropolitana da Capital (além de João Pessoa, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo). Nessa última cidade, a advogada assumiu um cargo de nível médio cuja remuneração não passaria de R$ 3 mil. Não houve, portanto, a aprovação para um lugar indesejado e sua designação para outro melhor e requerido pela advogada, como alguns especularam.

“Quem conhece pai e filha sabe de integridade de ambos, sabe muito bem que nem ele nem ela se valeria da posição de um ou de outro para usar de tráfico de influência para obter uma nomeação como essa. Tudo foi feito dentro da lei e com a mais absoluta transparência. E quem se der ao trabalho de ver e ler o processo, que está à disposição de qualquer um no próprio Tribunal, vai constatar que ela somente foi nomeada após o trânsito em julgado da decisão do Tribunal, que levou cerca de oito anos para decidir sobre o mandado de segurança de Luara. A sessão em que o processo dela foi julgado ocorreu em 9 de abril de 2015 e, obviamente, o desembargador Leandro dela não participou”, relatou o(a) profissional.

A fonte disse também que o concurso já teve seu prazo de validade encerrado “e foi por isso que cerca de 120 aprovados impetraram mandado de segurança para a garantia de suas nomeações”. Reforçou, por fim, que o TJPB já fez inúmeras nomeações derivadas desse concurso e ainda tramitam outros mandados de segurança com a mesma finalidade daquele impetrado por Luara Fidélis.

É BOM ESCLARECER
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