A próxima eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores da Capital, em 1º de janeiro de 2017, tem tudo para não dar a Durval Ferreira (PP) o seu quinto mandato consecutivo de presidente do Legislativo municipal. A série pode ser interrompida pela mesma fórmula aplicada em 1º de fevereiro do ano passado para tirar da presidência da Assembleia Legislativa o deputado Ricardo Marcelo, então no PEN.
No legislativo estadual, por inspiração do líder governista Hervázio Bezerra (PSB) e orientação do governador Ricardo Coutinho, a maioria dos deputados da base aliada da Granja Santana elegeu Adriano Galdino (PSB) para a presidência da Casa, naquela data. Mas sob o compromisso de ele não disputar a reeleição e passar o cargo ao deputado Gervásio Maia (então no PMDB), eleito presidente naquele mesmo dia para o biênio 2017-2018.
A estratégia é similar a que se discute hoje nos bastidores e nas conversas entre vereadores eleitos e reeleitos na Capital. A ideia é articular e montar duas chapas para que a maioria consagre duas mesas no mesmo dia, tal e qual fizeram os deputados estaduais há 20 meses e dez dias.
O problema na Câmara está no nome para presidente. Todos querem ser, mas com direito à reeleição. Entre os novatos, apenas Léo Bezerra (PSB), filho do deputado Hervázio, criador da fórmula anti-Ricardo Marcelo, teria manifestado publicamente a intenção de participar de um processo de renovação da direção da Câmara. Já entre os reeleitos, até agora Helton Renê (PCdoB) foi o único a admitir ser possível, sim, discutir um ‘Fora Durval’.
Durval já teria 13 votos
“Mas Durval, mais experiente e mais articulado do que todos eles, já está em campo conversando. E não se trata apenas de experiência nos quase dez anos em que está na presidência. Ele não apenas foi reeleito pela oitava vez vereador, e dessa vez com 7 mil votos. Ele também ajudou a eleger alguns vereadores que voltam com ele para essa nova legislatura e já teria garantido os 13 votos de que precisa para mais um mandato presidencial”, avalia tarimbado jornalista que desde 2005 cobre os trabalhos da Câmara Municipal de João Pessoa.
Mesmo se não for reeleito presidente da Câmara em janeiro que vem, Durval Ferreira já tem assegurado seu lugar na história da Câmara Municipal como o segundo vereador que mais vezes dirigiu a Casa. Ele está no cargo desde janeiro de 2007, quando sucedeu o então presidente Severino Paiva (PMDB). Por enquanto, o recorde perseguido pelo atual presidente continua com o saudoso Cabral Batista, que presidiu a Casa por sete mesas seguidas, de 1964 a 1971.
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