Igreja Nova defende Padre Luiz Antônio

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Acusado por Dom Aldo Pagotto, em documento dirigido ao Vaticano, de ter publicado matérias “difamatórias’ contra Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Recife e Olinda, o Grupo de Leigos Católicos Igreja Nova, de Pernambuco, divulgou esta semana carta aberta ao ex-arcebispo da Paraíba para rebater tais acusações e também manifestar solidariedade ao Padre Luiz Antônio, pároco da Igreja do Altiplano, em João Pessoa.

Apontado por Dom Aldo como mentor da ‘trama’ que o forçou a renunciar à Arquidiocese da Paraíba, o ex-arcebispo também atribuiu ao Padre Luiz Antônio a liderança de uma dissidência na Igreja Católica de Pernambuco contra Dom Cardoso, o que teria levado ao isolamento do sucessor de Dom Helder Câmara dentro da própria Arquidiocese de Recife e Olinda.

O jornal do Grupo Igreja Nova, segundo Dom Aldo, serviu de instrumento da suposta campanha de desestabilização de Dom Cardoso. Trata-se de uma inverdade, afirma o Igreja Nova em sua carta, ressaltando que o grupo e seu jornal não combatiam a pessoa do arcebispo, mas um episcopado que teria promovido “a exclusão e o êxodo de padres e leigos, inclusive dos que migraram para outras igrejas cristãs, onde foram acolhidos evangelicamente”.

Sobre Padre Luiz

Sobre Padre Luiz Antônio de Oliveira, que migrou de Pernambuco para a Paraíba a convite de Dom José Maria Pires após ser destituído por Dom Cardoso das funções sacerdotais na Igreja de Boa Viagem, Recife, da qual era o pároco, o Igreja Nova assim se pronuncia em sua carta aberta a Dom Aldo Pagotto:

1. Ao contrário do que o senhor afirma, o padre Luiz Antônio não foi o “fundador” do Jornal Igreja Nova. Reconhecemos nele muitos méritos, principalmente sua verdadeira vocação sacerdotal, seu carisma incontestável de formador, sua valorização do múnus batismal dos leigos, sua competência de administrador paroquial e tantos outros talentos e virtudes, mas o crédito de fundador do nosso Jornal ele não tem.
2. Pondo o seu carisma a serviço da construção do Reino, ele investiu na formação dos seus paroquianos. Suas homilias, bem preparadas e profundas, e o Curso da Teologia para Leigos, desenvolvido durante o seu tempo de pároco, foram decisivos para que os leigos se descobrissem protagonistas da história do Povo de Deus como recomenda a Exortação Apostólica Christifidelis Laici, de João Paulo II.
3. Em Boa Viagem, ainda no tempo do Pe. Osvaldo Machado, foi construído um novo tempo, inaugurado em 1984, logo denominado como Igreja Nova, daí o nome do nosso Jornal. Foi nele que o Pe. Luiz Antônio desempenhou o seu ministério de pastor e acolheu tanto os favelados quanto os moradores da orla, o que evidentemente desagradou os adeptos do modelo de Igreja Imperial, ao ponto de, num Natal, o presépio inspirado num barraco e o Cântico de Maria (Lc 1, 46-53) exposto em um banner, terem provocado reações do tipo: “esse presépio e esse banner induzem à luta de classes”.
4. Tendo convivido e partilhado de sua administração e crescido e amadurecidos na fé, damos testemunho da fidelidade do Pe. Luiz Antônio à Igreja do Vaticano II, à vocação que abraçou, à sua honestidade na administração paroquial, aos seus valores evangélicos e ao seu pastoreio cristão.

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