Repórter assaltada quando fazia matéria sobre assaltos em Campina

Larissa Fernandes, vítima da violência em Campina Grande (Foto: redeglobo.globo.com)

Larissa Fernandes, vítima da violência em Campina Grande (Foto: redeglobo.globo.com)

A jornalista Larissa Fernandes, da TV Paraíba, foi assaltada ontem (13) à noite quando fazia matéria sobre a onda de assaltos que aterroriza alunos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) na cidade que dá nome e sede à instituição. Ela se preparava para entrevistar estudantes na parada de ônibus do Campus de Bodocongó,. O ponto parece ser o preferido dos arrastões que acontecem com frequência na área. Foi lá que um assaltante arrancou o celular das mãos da repórter.

Mal refeita do choque, ainda impactada pelo ataque que sofrera há poucos minutos, Larissa mudou o foco da pauta para o seu caso e gravou seu próprio depoimento de vítima. Em seguida, dirigiu-se à Central de Polícia para prestar queixa do roubo que aconteceu a menos de 50 metros de onde se encontrava uma viatura da Polícia Militar.

Com isso, a cidadão Larissa Fernandes passou a fazer parte das estatísticas da violência que apontam Campina Grande como uma das 20 cidades com maior registro de de assaltos em suas diversas modalidades entre as mais de 5 mil que existem no país.

O sítio ‘Onde fui roubado’ (ondefuiroubado.com.br), por exemplo, informa que nos últimos 120 dias recebeu 601 denúncias de vítimas de roubo em Campina, o que coloca a cidade no 17º lugar do ranking nacional dos crimes contra o patrimônio. Do total, os roubos respondem por mais da metade das ocorrências. Foram 336. E o celular é o campeoníssimo no ‘sonho de consumo’ dos ladrões: 454 roubados ou furtados no período.

O bairro de Bodocongó, ainda de acordo com o mesmo serviço e aplicativo, é o o quarto colocado entre os mais violentos de Campina. São José, Centro e Universitário ocupam as três primeiras posições.

Já em matéria de homicídios, um estudo da própria Polícia civil divulgado em maio do ano passado mostrou que a Ramadinha é o lugar mais violento de Campina. No bairro, a taxa de homicídios por habitante no ano de 2014 chegou a inacreditáveis 162,40 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) para cada grupo de 100 mil habitantes.

“Muito além do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 10 para a mesma população (2.463 moradores à época)”, observaram os pesquisadores Frankneyson Barbosa e Eugênio Bortoluzi, , integrantes da 10ª Delegacia Seccional, quando da divulgação do estudo.

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