Quase 500 já contraíram tuberculose este ano na Paraíba

É preciso investigar tosse que se prolonga por mais de três semanas (Foto: Divulgação/Thinkstock/Getty Images)

Doença tem tratamento e cura, mas pacientes abandonam medicação e, a cada 12 dias, um paraibano morre

Este ano, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) já notificou 477 casos de tuberculose. São três novos doentes, por dia, segundo a média do ano passado. A taxa de incidência é menor que a do País, mas ainda é alta: 29,3 para cada 100 mil paraibanos. Esta semana, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, que estabelece uma meta para ser cumprida até 2035. O desafio da Paraíba é reduzir quase dois terços dos casos e cortar mais da metade da taxa de óbitos.

O Brasil ratificou o compromisso com a Organização Mundial da Saúde (OMS) de reduzir a incidência da doença na população mundial. O País tem 33,7 casos para cada 100 mil habitantes e precisa reduzir para 10 casos por 100 mil, nos próximos 18 anos. Parece muito tempo para acabar com a doença, mas a história da tuberculose aponta que ela pode ser tão antiga quanto a humanidade. O Brasil também assumiu o compromisso de reduzir o coeficiente de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes.

A chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da SES, Lívia Borralho, destacou que a Paraíba vem reduzindo a incidência da doença. Mas a taxa de óbitos ainda é 2,1 em cada 100 mil habitantes, mais que o dobro da meta prevista no plano.

“O número de casos de tuberculose apresenta uma incidência linear. No entanto, desde 2015, o Núcleo de Doenças Endêmicas tem intensificado, junto aos municípios e à atenção básica, ações de busca ativa de sintomáticos respiratórios, que são pessoas que tossem há mais de três semanas, visando identificar novos casos e, assim, interromper a cadeia de transmissão”, disse Lívia Boralho

Controle e cura
Lívia Boralho ressaltou que o controle da doença relaciona-se diretamente aos resultados dos indicadores operacionais e relatou que, em 2015 foram curados 65,1% dos casos novos pulmonares notificados. Ela disse que o Núcleo de Doenças Endêmicas realiza atividades periódicas visando melhorar a qualidade das informações, mas depende dos municípios, que precisam incluir os dados relativos ao acompanhamento dos casos.

“Quanto às metas pactuadas no Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como problema de saúde pública, destaco que o Estado da Paraíba também se comprometeu a alcançá-las e tem desenvolvido estratégias que visam a redução da incidência e das mortes causadas pela doença”, afirmou.

  • Andréa Batista, com Ascom da SES
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