O CHOQUE DO BEM, por José Mário Espínola

Imagem meramente ilustrativa copiada de Fisio Care Pet

Há choques que vêm para o bem. Cresci para a leitura e para o cinema desenvolvendo gosto para alguns gêneros. Alguns dos que mais me fascinam são o suspense e o terror.

Nesses gêneros foram muitos os filmes e as histórias narrando sobre personagens submetidos a choques elétricos, geralmente expostos como forma de tortura.

Só quando me tornei adulto, e mais ainda como médico, é que vim tomar conhecimento do lado terapêutico do eletrochoque.

Na medicina, ele é resultado como último recurso para tirar pacientes que estão em depressão profunda, e que por isso correm o risco de suicidar-se. Geralmente com bons resultados.

Mas eu ainda não tinha visto a utilização de choques elétricos na fisioterapia. E foi o que acabei de testemunhar!

Há alguns meses, a nossa neta de 4 patas Minie, que tem 12 anos e é por isso considerada idosa, sofreu uma extrusão da 3ª vértebra lombar. Isso causou imediata paralisia dos membros inferiores.

Além disso, causou também o que é denominado na medicina como “bexiga neurogênica”. Isso é caracterizado como paralisia da válvula que controla o esvaziamento da bexiga através da uretra.

Com isso, Minie perdeu a capacidade de urinar, precisando usar sonda vesical, e a bexiga tem que ser esvaziada manualmente a cada 4 a 6 horas.

Diagnosticadas as lesões neurológicas por Dr. Edson Mauro e pela Dra. Pollyanna Moura, ambos prescreveram o tratamento fisioterápico para Minie. Por recomendação, procuramos o serviço de fisioterapia da Dra. Kalinne, o Acufisio.

Lá, ela vem fazendo tratamento ininterrupto, 2 sessões semanais. Nas últimas sessões, a Dra. Kalinne iniciou o tratamento com micro-choques elétricos.

Para a nossa alegria, hoje assistimos Minie erguer-se sobre as patas traseiras, até ontem à  tarde semiparalisadas, e dar duas curtas carreiras para escapar de Luna, a nossa gata brincalhona que queria pegar a cauda dela!

Foi uma alegria geral, todos exultantes com o progresso e a conquista de Minie. Por isso somos sinceramente agradecidos aos dois “pediatras” das nossas crias, nossas netas de 3 e 4 patas, Dr. Edson Mauro e Dra. Pollyana, pelas suas dedicação e competência.

Um agradecimento todo especial à Dra. Kalinne, pela sua competência, aumentando a esperança de que um dia Minie volte a ser normal.

Essa cena enterrou definitivamente o aspecto aterrorizante do choque elétrico para mim, difundido pela literatura e pelo cinema.

VIVA O CHOQUE DO BEM!