VOCÊ CONTRATARIA UMA SEGURADORA INEXPERIENTE PARA O SEU CARRO? por José Mário Espínola

Carrinho de brinquedo em cima de uma mesa com duas mãos cobrindo-o por cima com sombra; para matéria sobre golpe de seguradoras

Foto: Free Creative Commons/Vrum

A sociedade de consumo evoluiu muito, neste Século XXI. E tornou-se muito exigente, quando o assunto é defender o seu investimento. Nada de comprar só para ajudar ou por ser parente ou por amizade.

Investir num Conselho de Medicina moderno, íntegro, organizado e independente é na realidade o que o médico responsável deseja, para ter a garantia de que vai receber em troca um órgão igualmente responsável, que não se envolve com política, que será transparente, prestando contas aos seus médicos.

Pois num colegiado desses seus membros conduzirão os processos e as sindicâncias com isenção, sempre éticos, que nunca terão atitudes que possam vir causar prejuízo a alguém, também sem nunca tirar proveito próprio.

Fiscalizarão com bravura e responsabilidade o exercício do trabalho médico, percorrendo todos os municípios do Estado, tanto estabelecimentos públicos como privados.

Julgarão com isenção os seus colegas, não se deixando influenciar por nada que não possa ser provado.

É o que devemos exigir do Conselho Regional de Medicina da Paraíba. E é o que se espera da Chapa 1, se for conduzida.

É justamente o que esperamos que aconteça!

INDEPENDÊNCIA OU MORTE! por José Mário Espínola

Imagem: AHERJ

O crescimento da complexidade das sociedades organizadas, ao longo dos séculos, passou a exigir algum grau de controle para proteção dessas mesmas sociedades, que passaram a comprar os serviços surgidos e ofertados. Foram, então, elaborados instrumentos que pudessem exercer esse papel.

Três décadas atrás, por exemplo, a sociedade brasileira sentiu necessidade da maior fiscalização do que consumia, em termo de serviços. Foi quando foram criadas as agências reguladoras, a exemplo da Agência  Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para normatizar os medicamentos; Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regulamenta a oferta de assistência privada; Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que controla a oferta de energia em todo o território nacional, e muitas outras autarquias concebidas e criadas com a mesma finalidade.

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A proliferação de profissões da área de saúde exigiu igualmente órgãos que possam controlar e fiscalizar o exercício profissional, contemplando não apenas a qualidade dos profissionais, mas também as condições de trabalho e a exclusividade das atividades prestadas por esses profissionais, baseadas em sua formação acadêmica.

Assim nasceram os conselhos reguladores da profissão. No caso dos médicos, os Conselhos Federal e Regionais de Medicina.

Da forma como foram concebidos, os Conselhos de Medicina têm a função insubstituível de normatizar e regulamentar a profissão do médico brasileiro.

Posteriormente, foi se tornando necessário ampliar as suas funções, tornando-os paladinos não somente da defesa profissional como da qualidade dos serviços médicos oferecidos à população.

A modernização e a complexidade dos serviços de saúde passaram a incluir como atividade conselhal a fiscalização do ato médico bem como as condições de trabalho para o médico exercer a sua profissão.

Tudo isso ampliou as funções dos conselhos: além de cartorial e defensiva do médico, também a defesa da população. Foram criados, então, os Departamentos de Fiscalização.

Seis décadas depois de sua criação, os Conselhos Regionais têm nos seus Departamentos de Fiscalização o setor de maior importância. São eles a garantia do bom trabalho oferecido à população, fiscalizando as condições de trabalho, não apenas nos serviços privados, mas principalmente no serviço público.

Condições físicas de consultórios, ambulatórios, centros cirúrgicos, UTIs… Todos têm que ser fiscalizado pelos conselhos. Também condições de trabalho, número de leitos e de pacientes sob a responsabilidade de cada médico, carga horária, disponibilidade de remédios e instrumentos de trabalho.

Assim, para exercer o seu papel, os conselhos têm que ter independência para garantir a oferta de uma boa assistência à população.

Se os conselhos forem promíscuos com o patronato ou com os políticos, jamais poderão garantir o bom trabalho do médico. Nem a qualidade de seus serviços para a população, especialmente a população carente, que depende do serviço público para ter uma boa saúde.

Assim, concluímos que a falta de independência dos conselhos compromete o trabalho do médico.
Será a “morte” dos conselhos.

José Mário Espínola é Médico Cardiologista e ex-Conselheiro do CRM-PB 

CONSULTAS E CONFISSÕES, por Babyne Gouvêa

Imagem meramente ilustrativa copiada do site da Faculdade Ide

Costuma ser entediante aguardar a vez em consultório médico, mesmo lendo um livro ou navegando pelo celular, como muitos fazem. Dependendo da especialidade, algumas pessoas cochilam na sala de espera, outras comentam BBB, o preço da gasolina ou a chuva que alagou a rua pobre. Um número bem  reduzido se mantém em silêncio, apenas observando o que os outros fazem para matar o tempo.

Helena resolveu fazer diferente, certa vez. Fechou o livro e fez uma enquete com os demais presentes, com a seguinte pergunta: “Quem está ansioso à espera do médico?” Claro que para motivá-los relevou o seu caso, exagerou ao máximo e gesticulou como se estivesse num palco; de repente, a terapia em grupo estava formada. Sobreveio um rosário de desabafos descontraídos ou carregados de dor. 

Um paciente com problemas de sono relatou que a “insônia às vezes assusta, mas pode ser também uma experiência interessante porque serve pra gente atualizar pendências, botar erros e acertos na balança, refletir sobre a vida, enfim”. Após o depoimento daquele rapaz de meia idade, entre olhos marejados ou risadas contidas outros ajudaram a espantar o tédio.

Frustrante é quando o relator ou relatora da hora ouve seu nome dito alto e bom som por alguém do balcão de atendimento da clínica. Mas, no caso, Helena não deixou que a história interrompida interrompesse a prática que iniciara como passatempo. Convidou a senhora da poltrona da frente a compartilhar os motivos de ali se encontrar. Motivos relevantes. Queda, fratura, cirurgia, dores, analgésicos fortes e fisioterapia por meses. “Aconteceu comigo o que mais temia – perdi a liberdade de locomoção. Assistência tenho até demais, graças!”, revelou.

Helena retomou a palavra para introduzir na conversa suas lembranças de criança, contando que quando menina pequena bastava ter um resfriado para ser imediatamente alvo de atenções, mimos e ver atendidos pedidos que normalmente seriam rejeitados no ato ou simplesmente esquecidos. Na sequência, emendou comentários sobre a sua aflição por não ter tempo para ler tudo o que gostaria, pois leitura era a sua grande paixão, “ao ponto de me sentir levitando enquanto devoro um bom livro”.

Nesse momento, a motivadora percebeu que as pessoas pareciam ter ficado subitamente desinteressadas ou encabuladas em continuar naquele exercício de ouvir e falar sobre problemas pessoais, por vezes bastante íntimos, como o que a própria Helena acabara de expor. Ainda bem que a percepção ocorreu no exato momento em que a secretária do médico chamou, abreviando-lhe o constrangimento.

“Dona Helena, Consultório 4”. Pronto. “Dá licença, pessoal. Chegou a minha vez”.

A PIRÂMIDE DO SABER MÉDICO, por José Mário Espínola

Símbolo de seguro médico e de saúde na pilha do cubo de madeira como forma de pirâmide, conceito de saúde do hospital Foto Premium

Todos sabem que aprecio o bom humor. Na minha profissão, e mais ainda na minha especialidade, é muito importante que deixemos o paciente bem à vontade. E isso não se consegue com cara feia.

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DESINTELIGÊNCIA

Vantagens e desvantagens das redes sociais

(Imagem copiada de oficinadanet.com.br)

Unha e carne desde a quinta série do fundamental em Bananeiras, não se viam nem se sabiam há mais de 20 anos. Na verdade, com pandemia e insensatez se espalhando, um temia receber notícia do outro.

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A GUERRA QUE NOS FALTAVA, por José Mário Espínola

Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, tem covas abertas à espera dos mortos pela covid-19 na pandemia de coronavírus - Nelson Almeida/AFP

Imagem: Nelson Almeida/AFP

A primeira vítima social da pandemia é a vaidade. Em seguida, vêm o egoísmo, o orgulho e o preconceito. Outras virão ao longo desse período de necessidade coletiva.

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Médico apela a deputados da Paraíba para que deixem o Supremo julgar Temer

Plenário da Câmara (Foto: Câmara dos Deputados)

Aberta às 8h23 de hoje (2) a sessão da Câmara dos Deputados que vai autorizar ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) a processar Michel Temer por corrupção passiva, Luiz Couto (PT) foi o único membro da bancada federal da Paraíba a antecipar que vai votar contra o ocupante da Presidência da República.

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Médico questiona segurança no consumo e responsabilidade na fiscalização da carne na Paraíba

Médico Eurípedes Mendonça (Foto: Arquivo/JP)

Sob o título ‘Operação Carne Fraca e a Segurança do Consumo de Proteína Animal na Paraíba’, o médico e professor universitário Eurípedes Mendonça escreveu comentário (leia na íntegra, a seguir) sobre pressupostos, consequências e responsabilidades da fiscalização – ou não – da produção e comercialização de carne e seus derivados no Brasil.

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