PERDÃO, LENA

Dizer, como diz o chavão, que “o jornalismo paraibano ficou mais pobre sem Lena Guimarães” é muito errado. Ou muitíssimo pouco. Na verdade, o jornalismo paraibano – ou o que resta dele – ficou muito mais pobre sem Lena. E bota muito mais nisso.

Detesto despedidas. De qualquer jeito ou tipo. Ainda mais assim feito a de Lena, do gênero ‘pra mais nunca’. Dá-me aflição imensa ter que escrever sobre quem vai embora de vez. Procuro fugir da circunstância, tanto quanto, se pudesse. Mas, em se tratando de Lena, não tem como. Simplesmente não dá.

Confesso, todavia, toda vida, que o faço por egoísmo. Preciso dela e deste momento, que deveria ser todo dela, para botar pra fora – e atenuar – uma culpa que me remói. A de não ter sido amigo tanto quanto fui ou tentei ser colega e contemporâneo de um jeito de ser e fazer, inclusive jornalismo.

Queria demais ter você, Lena, na minha lista de grandes amigos, como ensina o poeta. Não deu tempo, talvez. Talvez eu não tenha feito por onde, nessa história de dois que tiveram lá suas diferenças, atribulações, altercações… Mas nenhuma bronca foi maior que o respeito entre nós.

Em matéria de respeito, acredito mesmo que convivemos no melhor estilo ‘a recíproca é verdadeira’. Só lamento – e bota lamento nisso – que tenha sido uma reciprocidade muito profissional, muito mais do que fraternal.

Perdão, Lena.

É BOM ESCLARECER
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2 Respostas para PERDÃO, LENA

  1. Andréa Batista escreveu:

    Como me identifico com esse pedido de perdão, Rubens. Sinto muito não ter dito tudo a ela, o quanto me ajudou a ser profissional, o quanto aprendi. Deus a tenha! a nós, resta a saudade e o pedido de perdão. 🙁