Constituída apenas um mês antes de começar a fazer manutenção de ar condicionado no Trauma de João Pessoa, a empresa Chilleer Serviços recebeu quase R$ 3 milhões dos cofres públicos do Estado, através da Cruz Vermelha, nos últimos oito anos.
Segundo auditoria do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), a Chilleer é uma das empresas com as quais a Cruz Vermelha do Trauma deve rescindir ou alterar contrato porque o negócio da organização com seus fornecedores seria danoso ao interesse público em geral e ao hospital em particular.
A informação consta de nota divulgada na manhã de hoje (26) pelo TCE, que através do conselheiro André Carlo Torres Pontes emitiu alerta à Secretaria de Saúde do Estado e ao interventor do Trauma da capital, Severiano de Lima Medeiros.
André Carlo recomenda que secretaria e interventoria “adotem medidas de prevenção e correção em relação a diversas irregularidades em contratos da Cruz Vermelha com fornecedores, apontadas em Relatório de Acompanhamento da Gestão elaborado pela Auditoria do Tribunal”.
Além da Chilleer, que recebeu exatos R$ 2.738.314,87 no governo anterior, entraram na mira do TCE-PB os contratos da Cruz com a Engemed Engenharia e Consultoria, Eiquip Soluções em Equipamentos Médicos Ltda., Dimpi Gestão em Saúde Ltda. e Gastronomia Nordeste Comércio e Serviços de Alimentos.
“O princípio da economicidade, expressamente previsto na Constituição Federal, determina que o gestor busque a promoção dos resultados esperados com o menor custo possível. E, de acordo com o Relatório de Acompanhamento da Gestão atual, e relatórios anteriores, nenhum dos contratos citados alcança este objetivo”, observa o Tribunal.
No caso específico da firma responsável pela climatização do hospital, a auditoria manifestou o entendimento de que o serviço poderia ser feito por um custo bem menor se executados por funcionários contratados diretamente pela Cruz Vermelha.
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