Cresce movimento nos shopping centers do Nordeste

Diversão e alimentação seriam mais resistentes à crise (Foto por mera ilustração/Peixe Urbano)

Mas na Paraíba lojistas fecham e põem a culpa no consumo baixo e em custos altíssimos

“Fluxo de visitantes a shopping centers no Nordeste cresce 3,13% em março, tendo o melhor desempenho do país”, informa a entidade representativa do setor, mas em João Pessoa a retração no consumo e o alto custo dos aluguéis têm fechado lojas e afugentado novos investidores.

“O fluxo de visitantes em shopping centers do Brasil cresceu 2,47% em março na comparação anual, segundo o Índice de Visitas a Shopping Centers (IVSC), que é realizado mensalmente pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) em parceria com a FX Retail Analytics, empresa especializada em monitoramento”, informa nota divulgada na manhã de hoje (24) pela entidade.

“Com um aumento de 5,62% em relação a fevereiro, 2018 registra alta pelo terceiro mês consecutivo, consolidando as projeções otimistas no fluxo de visitantes nos shopping centers”, acrescenta Walter Sabini Junior, sócio-fundador da FX Retail Analytics. Segundo ele, o encerramento do primeiro trimestre em alta é um grande indicativo de que a economia está saindo da recessão e deve apresentar avanços neste ano.

A Abrasce e a FX destacam ainda que na medição regional o Nordeste obteve o melhor desempenho, com crescimento de 3,13%, seguido por Sul, com 2,70%, e Sudeste, com 1,87%.

Crise em João Pessoa

Em contato com lojistas de shopping center de João Pessoa onde pelo menos 35 lojas fecharam no primeiro trimestre do ano, um dos sobreviventes queixou-se de que os frequentadores desses centros comerciais visitam muito mais para passear do que para comprar. Nem as habituais promoções e ‘liquidações’ conseguiriam mais impulsionar o consumo nos patamares desejados pelos vendedores ou de antes da ‘crise’.

“Tirando praça da alimentação e diversão (cinema, brinquedos infantis, jogos etc), além dos quiosques de serviço de loteria, consertos etc., as lojas estão enfrentando um período muito difícil, agravado pelo fato de que os empresários do ramo não aceitam se adequar à crise, flexibilizando valores de locação e contribuições extras para shows e exposições que impõem para o locatário pagar”, resumiu um comerciante que pediu, ‘por motivos óbvios’, para não se identificar.

Ainda de acordo com o mesmo lojista, “só quem lucra – e muito” são os donos dos shoppings, pois têm seus custos cobertos por quem aluga os espaços em shopping center e ainda ganham “rios de dinheiro” com os estacionamentos.

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