Empresa norte-americana destaca qualidade e sabor da cachaça paraibana

(Destilação: Imagem meramente ilustrativa)

Graças a novas formas de consumo que impulsionam sua experimentação e valorização, as cachaças da Paraíba têm tudo para “ganhar o mundo”, acredita a empresa norte-americana Owens Illinois, líder mundial na produção de embalagens de vidro e fornecedora das garrafas do Engenho São Paulo, maior produtor de cachaça de alambique do Brasil.

Segundo matéria distribuída ontem (3) pela Comunicação da Owens Illinois, “uma combinação perfeita de fatores climáticos, topográficos e técnicos fazem com que a cachaça de alambique da Paraíba, no Nordeste brasileiro, tenha um diferencial em relação às demais produzidas no país”. O segredo, segundo especialistas da bebida, “é que o clima e o solo da região permitem que a cana absorva nutrientes que dão à branquinha um sabor diferente, tipicamente local, como acontece no terroir nos vinhos”.

Já o empresário paraibano Múcio Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e diretor do Engenho São Paulo, lembra que “a fermentação é muito importante para a composição do sabor e na Paraíba a maioria dos engenhos adota a fermentação natural, em que os microrganismos da própria cana-de-açúcar são responsáveis pelo processo”. Esses microrganismos, chamados de leveduras selvagens, “carregam em si o DNA da região produtora e dão gosto à cachaça”, fazendo com que as bebidas produzidas em território paraibano tenham aroma e sabor frutado.

Múcio observa ainda que não é apenas o sabor que distingue as cachaças da Paraíba. Hábitos de consumo adotados no Estado e no Nordeste em geral dão versatilidade à bebida e ampliam as possibilidades de combinação. “Costumes como apreciar a cachaça gelada ganharam força por aqui nos últimos 10 anos. Quando resfriada, ela fica ainda mais saborosa, porque a presença do álcool é menos perceptível ao paladar, evidenciando as características da cachaça”, diz Múcio.

Alexandre Macário, gerente da unidade de negócios Norte/Nordeste da Owens Illinois, acrescenta que no solo nordestino a cachaça ganha toques regionais e frutas como o caju, a seriguela ou a pitanga são incorporadas a drinques e até mesmo consumidas como acompanhamento. “A Paraíba e Pernambuco compartilham um ritual semelhante ao do consumo de tequila, só que com o caju substituindo o limão, inclusive é comum os bares servirem a cachaça com pedaços da fruta à parte”, comenta.

“Com tanta personalidade, o destilado paraibano não merecia passar despercebido por outras regiões do país”, acentua Macário, lembrando para que para promover a bebida foi lançada em 17 de maio deste ano a Carta da Cachaça, um livro que traz informações sobre as variedades produzidas na Paraíba e como harmonizá-las na gastronomia. “A ideia é divulgar o material em bares, restaurantes e hotéis em todo o país. O livro também traz dados sobre o engenho produtor da cachaça escolhida”, explica.

Aumento da produção

Com a divulgação da cachaça em outras regiões, os produtores da Paraíba preveem aumentar a produção da bebida nos próximos anos. O estado hoje é o segundo maior fabricante de cachaça de alambique do país, atrás apenas de Minas Gerais. Produz cerca de 15 milhões de litros por ano e espera atingir os 20 milhões até 2020. “Queremos aumentar também a participação da cachaça no exterior. Hoje, apenas 1% do que é produzido no Brasil é exportado, o maior volume é de cachaça do tipo coluna, para uso em drinques como a caipirinha e shots. Nossa intenção é mostrar que a Paraíba também é uma referência de cachaça de qualidade para todos”, informa Múcio Fernandes.

O Engenho São Paulo

Localizado no município paraibano de Cruz do Espírito Santo, na Zona Canavieira do Estado, o Engenho São Paulo iniciou suas atividades no começo do século XX, com produção voltada principalmente para o açúcar mascavo, o mel e a rapadura. No final da década de 1930, com a queda no consumo desses produtos, o Engenho São Paulo direcionou sua produção para a cachaça, dedicando-se à fabricação das marcas São Paulo, Caipira, Cigana e São Paulo Cristal.

Sobre a Owens Illinois

Com uma receita de US$ 6,2 bilhões em 2015, a Owens Illinois é sediada em Perrysburg, estado de Ohio (Estados Unidos). Emprega mais de 27.000 pessoas em 80 fábricas distribuídas por 23 países. A O-I oferece soluções de embalagens de vidro seguras, sustentáveis, puras, únicas e rentáveis em um mercado global crescente. No Brasil, a empresa também atua com as marcas Cisper e Civ, no segmento de utilidades domésticas para o consumidor final e o mercado profissional.

  • Com informações e texto de Tamires Farias, Assistente de Comunicação/Ketchum
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