A professora de Direito e advogada Laura Berquó (foto), de João Pessoa, acusou ontem (15) o Governo do Estado de transformá-la em alvo de represálias e perseguições desde 2013, quando ela fazia parte do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH-PB).
“Fui perseguida pela Corregedoria da Procuradoria-Geral do Estado, que inventou que falsifiquei cartas de apenadas do (presídio) Bom Pastor torturadas por uma diretora protegida do governo e amiga de várias pseudo-feministas da atual gestão (feminista de verdade não acata tortura contra mulher)”, relata Laura Berquó em mensagem enviada ao blog.
Conta ainda que o então secretário de Administração Penitenciária do Estado, Walber Virgulino, confidenciou-lhe e a mais duas pessoas que o processo que ele moveu contra ela “foi por insistência do governador”. A partir daí, começou a ser processada criminalmente por “gestores que não aceitam críticas nem sequer demonstram gerir a pasta com eficiência”.
No seu texto, Laura também questiona o governo sobre supostas omissões da Polícia do Estado em casos de assassinatos que tiveram forte impacto na opinião pública paraibana. “Por que até agora não periciaram nem oficiaram à Companhia Nacional de Cartuchos para saber a origem da bala que matou Rebeca?”, indaga.
A advogada quer saber também porque a Polícia Civil não adotou o mesmo procedimento com a munição que matou Sebastian Ribeiro, de Queimadas, nem procurou saber a origem da arma que vitimou o rapaz “que sabia do esquema de explosões aos bancos na paraíba e quem são os políticos no Estado que bancam suas campanhas com esse dinheiro”.
“Pâmela é testemunha”
Laura Berquó disse ainda que a jornalista Pâmela Bório, ex-mulher de Ricardo Coutinho, também é perseguida judicialmente para ficar em silêncio e não revelar o que saberia sobre o sequestro e assassinato de Bruno Ernesto, ex-diretor de Informática da Prefeitura executado com um tiro na nuca em fevereiro de 2012.
Segundo familiares e amigos da vítima, ele foi morto porque estaria para descobrir e revelar desvios milionários do projeto Jampa Digital, lançado em 2008 por Ricardo Coutinho, então prefeito da Capital.
“Pâmela, assim como outros jornalistas na Paraíba, vivem na era das trevas, onde é imposto silêncio à força, quando na verdade é uma testemunha. Vamos parar de dizer que tem que provar com documento escrito porque em qualquer lugar no mundo a testemunha já é uma prova”, afirma Laura.
Ela acusa ainda o governo estadual de “covardemente” punir uma agente penitenciária suspeita de sumir com a munição da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) pretensamente usada para matar Bruno Ernesto. “Quem fez isso foi um assessor e amigo pessoal do governador”, garante, lembrando que já publicou no seu blog (Epa Hey!) apenas parte do que já lhe chegou sobre o Caso Bruno Ernesto.
Segundo a advogada, o “bando” que acabou com a vida de Bruno Ernesto é o mesmo que matou Sebastian Ribeiro e prejudicou Dom Aldo di Cillo Pagotto, ex-arcebispo da Paraíba. A defesa que faz do religioso, ressalta, fez dela uma “inimiga” da esquerda.
“Não sou contra a esquerda, como estão apregoando. Sou contra pseudo-defensores dos direitos humanos, que dão migalhas a grupos excluídos, mas praticam crimes horrendos como esses que exponho. Fiquem à vontade para novos processos contra mim porque agora resolvi partir pra briga. Não mandei matar ninguém e quero entender porque as feministas se calam diante de ameaças contra Pâmela, como exponho no meu blog“, enfatiza Laura Berquó.
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3 Respostas para Advogada se diz perseguida pelo governo, renova apoio a Pâmela e promete “partir pra briga”
Admirável? Grande mulher? Louca, isso sim!!!
Uma pessoa que se diz “operadora” do Direito não sabe que a justiça se faz com prazo e prova, não pode ter credibilidade.
Admirável , Mulher Corajosa!????
Grande mulher corajosa e de luta. Pois poucas são as que tem tamanha coragem para msnter uma postura tão invejável. Parabéns.