ELOGIAR É PRECISO, por Babyne Gouvêa

Parque Parahyba (imagem copiada de MGA Construções)

Nada melhor do que sair por aí sem compromisso, olhando o que a cidade tem a oferecer. Andar sem lenço, sem documento e sem horário marcado, imaginem! Foi o que fiz, depois de dois anos enfurnada. Circulei pelos bairros do litoral de João Pessoa e de Cabedelo e, no primeiro momento, o visual me pareceu pouco familiar diante de tanta novidade.

Presenciei ruas pavimentadas e sinalizadas, uniformização de calçadas – melhoria da acessibilidade ao pedestre, principalmente a do deficiente físico -, construções erguidas e em andamento, restaurantes, lanchonetes e bares a perder de vista. À medida que via o que até então desconhecia a vibração tomava conta de mim. Podia ser uma admiração provinciana, mas com elixir de contentamento.

E os hotéis e pousadas distribuídos em todos os lugares por onde transitei? Pensei: “Não estou na minha cidade”. E sem falar no número crescente de supermercados nos respectivos bairros.

Estamos abastecidos com praças e parques bem estruturados com brinquedos infantis, pistas de corrida, ciclovias, quadras de esportes, aparelhos de ginástica e muito mais. Sonhava com essas condições para a saúde física e mental da população e elas foram instaladas.

Pois bem, foi com esse espírito de satisfação que tomei um banho de mar reconfortante. As águas da praia de Camboinha são capazes de extrair qualquer mazela do indivíduo. Têm o dom de deixar em paz todo o nosso corpo. E assim me senti, leve como uma pluma. Saltitante ao léu fiz um brinde ao retorno à vida!

Pode parecer ao leitor que estou fazendo propaganda. Sim, de fato estou propagando o que vale a pena ser destacado. Atentei ao que é favorável ao bem estar do cidadão, nativo ou turista. Os municípios de João Pessoa e Cabedelo, no que tange à parte visitada por mim, merecem elogios.

A propósito, interrogo aos leitores: já observaram como é difícil elogiar? Quem enfrenta esta dificuldade comumente qualifica uma pessoa bonita como engraçadinha, o competente como esforçado e o idoso de aspecto jovial, conservado. E assim se sucedem as substituições com um toque ou um quê de inveja, dor de cotovelo…

No final do passeio, ziguezagueando entre os bairros, ainda me diverti ao observar a pluralidade de farmácias em visível concorrência. Situação hilária, mas benéfica ao bolso do consumidor.

Finalizei o tour feliz da vida, com desejo de aplaudir o desenvolvimento urbano dos dois municípios. Convicta, concluí que elogiar também é preciso!

GRANDES MESTRES, por Babyne Gouvêa

história da arte

Detalhe de ‘A Criação de Adão’, de Michelangelo, pintado em 1511 no teto da Capela Sistina (Vaticano)

Posso bater no peito e dizer que tive dois grandes professores com nível de excelência: Ivanildo Brito e Júlio Goldfarb, na década de 70, aos quais serei eternamente grata.

Desses dois grandes mestres guardo conhecimento e lembranças da didática utilizada por eles em salas de aula. Ambos tinham muito em comum, embora lecionassem matérias distintas: o primeiro ensinava ‘História da Arte’; o segundo, ‘Evolução do Pensamento Científico e Filosófico’.

Assíduos, transferiam para os alunos cargas incomensuráveis de sabedoria. Embora fossem sábios não eram esnobes ou distantes dos seus aprendizes. A condução do ensino era feita com maestria, facilitando o aprendizado dos seus receptores.

O legado que herdei deles foi rico para os padrões do ensino de graduação. Tenho essa percepção clara face à base que assimilei. As portas da mente ficaram firmadas para receber outros saberes.

Havia ocasiões em que o Professor Júlio ministrava a sua aula para um número reduzido de alunos, porque o assunto não era atraente para alguns colegas. Isso não era motivo para diminuir o seu entusiasmo em lecionar. Não sabiam os ausentes que aqueles ensinamentos seriam utilizados durante toda a nossa existência.

O pensamento científico está muito presente na vida cotidiana e nos permite fazer perguntas baseadas na razão. Uma pessoa com mentalidade científica quer saber o porquê dos acontecimentos. O Professor Júlio insistia nessa premissa.

O Professor Ivanildo preparava as suas aulas com o esmero comparável à uma defesa de dissertação. Ele estabelecia conhecimento e sabedoria amplos – das mais antigas pinturas até a arte contemporânea -, promovendo um passeio fascinante sobre a História da Arte.

Com a sua erudição e uma oratória fluente, era dono de um talento excepcional para comunicar o seu amor pelas obras de arte. Descrevia de forma impecável as características dos estilos artísticos.

Competência e credibilidade desses grandes mestres deram aos seus discípulos espaço para pensar, questionar e expressar. Souberam formar o alicerce das habilidades intelectuais dos seus pupilos.

Ronaldinho despede-se da Domus e homenageia Roberto Santiago

A fotografia mostra o empresário Roberto Santiago sentado sobre uma viga, sem camisa, comandando pessoalmente a montagem do teto da Domus Hall, casa de shows do Manaíra Shopping, de João Pessoa.

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Premiados pela Abradee, ontem, em Brasília (Foto: Ima Gestão de Imagens)

Energisa Paraíba e Energisa Borborema, concessionárias de energia elétrica com atuação em todo o Estado, receberam nesta quarta-feira (28) em Brasília, seis troféus do Prêmio Abradee 2017, promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.

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