Entidade vai à Justiça contra punições em massa

(Foto: Aspol-PB)

Presidente da Aspol, entidade representativa dos policiais civis do Estado, Suana Melo anunciou hoje (11), em nota à imprensa, que vai recorrer à Justiça contra punições de colegas que participaram de movimento por reajuste salarial e condições dignas de trabalho.

A NOTA DA ASPOL, NA ÍNTEGRA

A Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (ASPOL/PB) lamenta punições contra 96 policiais civis, publicadas no Boletim Interno da Polícia Civil desta sexta-feira, dia 10 de agosto.

Os integrantes da categoria investigativa (agentes de investigação, escrivães e agentes operacionais) tiveram pena de suspensão por terem participado de uma paralisação encabeçada pela associação, no mês de dezembro de 2017, movimento que seguiu todos os trâmites legais para a sua realização. Todos os servidores também já haviam sido punidos com o desconto de um dia de trabalho em seus contracheques este ano e a Associação promete acionar a Justiça para desfazer os atos, em tese abusivos.

Os policiais civis punidos relatam que em muitos casos, durante procedimento realizado pela Corregedoria Geral, foram apresentadas documentações que atestaram gozo de férias, folgas e até mesmo licença médica desses servidores. “Há casos de policiais punidos em que há a frequência assinada pelo chefe imediato, confirmando a presença do servidor na unidade policial no referido dia. Existem também relatórios produzidos pelos investigadores, o que demonstra sem dúvidas o efetivo trabalho. Esse conjunto de fatos parece nos demonstrar uma falta de critérios objetivos para punição de policiais em nosso Estado”, explicou a presidente Suana Melo, lembrando que a publicação das punições aconteceu em pleno andamento de edital de promoções para a Polícia Civil.

A líder da ASPOL ainda relatou que no dia da manifestação vários policiais civis permaneceram em frente às sedes da Polícia Civil em João Pessoa, Campina Grande e Patos, atendendo a situações emergenciais. O protesto aconteceu para chamar atenção à falta de requisitos básicos de trabalho, como coletes balísticos, armamentos defeituosos e ainda para o pior salário do Brasil, que é o da Paraíba.

“A Associação seguiu todos os trâmites legais para o ato de manifestação em favor do direito dos policiais civis. E a prova de que o próprio Governo do Estado reconheceu a validade do movimento está no fato de que, meses depois, foram distribuídos mil coletes balísticos que há anos eram reivindicados. Agora, vamos tomar todas as medidas jurídicas para que esses atos sejam desfeitos”, finalizou.

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