Família cobra apuração de responsabilidades de diretores e funcionários

Familiares do comerciante Jonathan do Vale Ribeiro (foto), 24 anos, cobraram ontem (15) a apuração de responsabilidades de dirigentes e funcionários da antiga Colônia Juliano Moreira pela morte do jovem, ocorrida na madrugada de sábado passado (9) dentro do hospital psiquiátrico.

A cobrança foi feita através do deputado federal Benjamin Maranhão (SD), que em nota à imprensa também divulgou oito questões que os familiares de Jonathan querem ver respondidas por autoridades policiais e administrativas do Estado envolvidas na apuração do caso.

Os questionamentos da família

1 – Por que o serviço social informou nos dois primeiros dias que Jonathan estava bem, alimentando-se, tomando medicação e no terceiro e quarto dias retificaram as informações e disseram que ele não apresentou melhoras e teve que ser contido em local isolado?

2 – Por que o serviço social não avisou os familiares que houve um desentendimento entre Jonathan e outros internos ou funcionários, inclusive que teria levado socos?

3 – Mesmo Jonathan estando alterado e sendo indicado a contenção por que ele estava numa enfermaria com outros internos?

4 – Por que não houve uma atenção especial por parte da vigilância e enfermeiros, já que eles estava alterado?

5 – Por que Jonathan veio a óbito, segundo o hospital, às 6:15h, mas o plantão não informou, esperou o outro plantão as 7:15h para informar aos familiares?

6 – Por que o médico de plantão deu a causa morte como ignorada se no laudo foi constatado asfixia mecânica através de estrangulamento, além do corpo apresentar hematomas no corpo e deformidades craniano?

7 – Por que há indícios de homicídios ou suicídio, mas o hospital tratou o fato como possível morte natural e não chamou a polícia e alterou a cena do crime?

8 – Por que o hospital pediu para os familiares trazerem o carro funerário para tirarem o corpo do hospital e levarem para o Serviço de Verificação de Óbito?

Morte após internamento

Depois de um surto psicótico, no dia 4 deste mês a família de Jonathan trouxe o comerciante para ser tratado no hospital psiquiátrico de João Pessoa. Cinco dias depois, ele foi encontrado morto dentro de uma enfermaria da Juliano com hematomas pelo corpo, afundamento da face e sinais de estrangulamento.

Apesar das evidências apontarem para um assassinato, que teria sido cometido por dois outros internos, a direção da Juliano teria tentado encobrir o crime informando que a morte de Jonathan foi por causa natural. Mas os familiares recorreram à Polícia, um inquérito foi instaurado e uma necropsia no corpo da vítima revelou o homicídio.

Embora a Polícia tenha indicado que dois pacientes teriam espancado e estrangulado Jonathan, Benjamin insiste que a apuração do crime não deve terminar por aí. “Estamos falando de pessoas com problemas psiquiátricos que estavam sob a tutela do Estado, então, precisamos apurar responsabilidades”, disse.

Na última terça-feira (12), o deputado usou a tribuna na Câmara para falar sobre a morte de Jonathan e pediu que o caso seja acompanhado e investigado também pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB).

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