Paraíba tem o juiz do Trabalho mais caro do Brasil

TRT da Paraíba: 1º lugar em despesa por magistrado (Foto: PortaldoLitoral)

Tribunais da Paraíba estão entre os mais dispendiosos e menos produtivos do país

O Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT13), com sede em João Pessoa, tem o juiz mais caro do Brasil entre todos os TRTs, segundo o relatório Justiça em Números 2017, divulgado na segunda-feira (4) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que traz o resultado de levantamento realizado em 2016.

Ano passado, cada juiz do TRT da Paraíba custou ao contribuinte, em média, R$ 51.228,00 por mês. O valor representa mais de R$ 3,5 mil a mais do que a média nacional de gasto do Judiciário com juiz, que ficou em R$ 47,7 mil por magistrado. Os números podem ser conferidos no gráfico reproduzido a seguir.

O mesmo gráfico mostra, como se pode ver acima, que no quesito ‘despesa média com servidores’ o TRT13 ocupa o segundo lugar no ranking nacional. Gasta R$ 20,4 mil por mês com cada funcionário, perdendo apenas para o TRT10 (Distrito Federal e Tocantins), onde a despesa média com servidores ficou em R$ 22,3 mil por mês.

Por outro lado, quando o Justiça em Números 2017 cuida da ‘Despesa Total por Justiça’, o TRT13 fica em último lugar entre os tribunais do Trabalho de médio porte. Ano passado, a Justiça do Trabalho na Paraíba consumiu R$ 428,4 milhões. “Em compensação”, é a que menos tramitou processos (baixados + pendentes) entre todos os demais do mesmo porte: 107.480. Veja na tabela abaixo.

Estadual e Eleitoral

No quesito ‘Despesa média mensal com magistrado e servidor, por tribunal’, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) ficou em sétimo lugar entre os tribunais de menor porte do país. Cada juiz estadual custa aos cofres públicos em média, por mês, R$ 44,1 mil. Com cada servidor, o custo mensal médio é de R$ 8,6 mil no TJPB.

Já a Justiça Eleitoral da Paraíba tem, entre todo os Tribunais Regionais Eleitorais, a segunda maior despesa mensal do país com servidores: R$ R$ 18.238 por cada um. Entre seus congêneres, O TRE-PB só perde para o do Paraná (TRE-PR), que gasta R$ 18.265 por mês com cada servidor.

Por sua vez, o juízes eleitorais da Paraíba saem a R$ 9.328 por mês para o erário. O valor coloca o TRE-PB na quinta colocação entre os tribunais eleitorais de porte médio. Confira, no gráfico abaixo.

No que se refere à ‘Despesa total por Justiça’, o TJPB é o terceiro mais dispendioso de sua categoria (tribunais de pequeno porte), com gastos que somaram R$ 807,7 milhões em 2016, ao mesmo tempo em que apresentava o escore negativo mais baixo (-0,414) entre seus congêneres. É o que expõe a tabela abaixo.

É BOM ESCLARECER
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4 Respostas para Paraíba tem o juiz do Trabalho mais caro do Brasil

  1. Jackson Firmino escreveu:

    Escutei uma vez um discurso no congresso nacional em que um congressista dizia que os custos dos TRT’s eram em muito superior ao montante de indenizações que os tribunais julgavam. Então, seria melhor fechar os TRT’s e pagar as indenizações que os trabalhadores tinham direito que ainda sobraria dinheiro…

    • nrmota escreveu:

      Jackson Firmino: quem explora o trabalhador; quem escraviza trabalhador; quem explora o trabalho infantil; quem dá calote e não paga o trabalhador; que rouba e assalta o trabalhador; quem desconta a contribuição previdenciária do trabalhador e não recolhe ao INSS; quem não paga as horas extras trabalhadas; quem explora o trabalhador enfermo, etc, NÃO GOSTA DA JUSTIÇA DO TRABALHO E TRABALHA PARA QUE ELA SEJA EXTINTA. ESSA JUSTIÇA FUNCIONA ! E POR FUNCIONAR, INCOMODA OS “FIGURÕES”..

  2. Geraldo Barral escreveu:

    Tudo na Paraib é mais caro. Na justiça comum as custas são praticamente as mais altas do Brasil.

  3. nrmota escreveu:

    Rubão, Justiça caríssima é aquela que bota bandido no colo e pune o cidadão de bem. Que passa três anos para realizar a audiência inicial. Que o Juiz marca a audiência para às 14:00 horas, mas só realiza as 17:00 horas, sob a justificativa de que estava ministrando aula na escola judicial, e adia a referida audiência, pois a parte adversa não havia sido intimada.
    Justiça caríssima é aquela que passa anos para iniciar o processo de execução, telegrafando ao bandido de que vai penhorar seus bens. O bandido dá sumiço aos bens. O homem de bem fica lambendo os dedos.
    Justiça caríssima é aquela que dissimuladamente passa para a Sociedade o mito de ser cega, mas não é, pois enxerga primeiro o tamanho do escritório.
    Justiça caríssima é aquela que de forma qualificada é morosa, se arrasta, causando prejuízos aos cidadãos do bem, justamente àquele a quem tem o dever de tratar com dignidade.
    Justiça caríssima é aquela que se impõe impondo o mêdo ao cidadão de bem. Autoridade não se impõe, se conquista. O respeito da Sociedade se conquista, não pela imposição do mêdo.
    Temos que repensar o Judiciário no seu todo.
    É preciso arejar. Mais do que nunca arejar o Poder Judiciário.