Contra violência, vale até ressuscitar Manzuá e armar Guarda Civil

Deputados e representantes da PM participaram do debate (Foto: Secom/CMJP)

A sensação de insegurança diante da escalada da violência na Paraíba é tamanha que há quem defenda a volta da Operação Manzuá às principais rodovias que cortam o Estado e até armar a Guarda Civil da Prefeitura da Capital para ajudar a Polícia Militar no confronto com criminosos.

Propostas como essas foram apresentadas na tarde de ontem (4) durante sessão especial da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) sobre segurança pública na cidade. Participaram da audiência pública, além de vereadores, deputados estaduais e e dirigentes de entidades representativas de policiais.

As sucessivas intervenções de profissionais e autoridades presentes convergiram para reconhecer que a maior cidade da Paraíba enfrenta alto índice de violência, problema agravado pelo efetivo policial reduzido e desvalorizado pelo Governo do Estado, que paga à corporação um dos piores salários do país e ainda retira de seus membros a gratificação conhecida como ‘risco de vida’.

A volta da Manzuá, sob novos parâmetros e condições de trabalho, foi aventada pelo deputado Janduhy Carneiro (Podemos). Já uma Guarda Municipal portando arma de fogo atenderia às expectativas do vereador Lucas de Brito, propositor da audiência pública a pedido da Associação dos Militares Estaduais da Paraíba e do Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar da Paraíba.

Antes das exposições e debates, Lucas expôs vídeos com imagens de assaltos em João Pessoa, com destaque para o que resultou na morte do segurança de escola Fábio Alves de Lima na sexta-feira (1º), que pagou com a vida a tentativa de proteger uma mulher e uma criança do ataque de dois ladrões armados que se conduziam em uma moto.

Em razão de fatos como a morte de Fábio, homenageado na ocasião com um minuto de silêncio, o vereador cobrou do Governo do Estado a imediata nomeação de 350 classificados em concurso público da PM que já fizeram curso de formação e estão completamente habilitados para exercerem suas funções, tão logo sejam nomeados e empossados.

  • Com informações da Secretaria de Comunicação da CMJP
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3 Respostas para Contra violência, vale até ressuscitar Manzuá e armar Guarda Civil

  1. Jair Cesar Miranda Coelho escreveu:

    Sempre, meu caro amigo e grande jornalista Rubens Nobrega, a imprensa noticia,”dois homens em moto fazem assalto saidinha de banco”, ou “policia procura dois homens em uma moto que assaltavam na praia” etc etc etc.
    Porque não uma simples ação de abordagem preventiva em motos com dois ocupantes com capacetes?” Prevenção. Só isso. Se apreende armas, prendem criminosos e se evita assaltos. Que tal a ideia para a Policia da Paraiba? Um abraço.

    • Rubens Nóbrega escreveu:

      Boa, Doutor Jair. Segurança pública preventiva é a melhor segurança, a mais efetiva e eficaz. Segurança pública é não ter que prender, principalmente prender após o crime que poderia ter sido evitado se houvesse policiamento preventivo e ostensivo digno do nome na Paraíba. Mas, como todos sabem – talvez menos o nosso Governo – falta efetivo para desenvolver e aplicar uma verdadeira política pública de segurança e defesa social. A PM tem menos da metade do contingente necessário e definido em lei (17 mil policiais militares). A Polícia Civil tem um quadro (entre 1.800 e 2.230) com idade média avançada, porque a reposição da força de trabalha é quase nenhuma ao longo dos anos. E poucos, em nossa força pública, quer aposentadoria ou reforma porque perde no mínimo 35% da remuneração. Porque a inatividade elimina automaticamente o recebimento dos penduricalhos de contracheque (a exemplo do Bolsa Desempenho e prêmio por apreensão de armas, que não se incorporam aos proventos quando da reforma). Esses ‘benefícios’, pródigos na atual gestão, quebram a paridade entre ativos e inativos da corporação e criam a ilusão de que o temos um governo que paga bem aos policiais ou, como prefere dizer o governante, vem pagando melhor que todos os seus antecessores.

  2. maria rita escreveu:

    Só quem não gostava da Manzuá era os criminosos de outros estados e o criminoso daqui da Paraíba (…) A operação Manzuá não tinha a finalidade de capturar bandido, claro, pois todo mundo sabia onde ficavam as bases. A finalidade era tão somente evitar o Êxodo do crime, mas depois que a Nanzuá prendeu um motorista da empreiteira com propina do do caso ¨mensalinho¨, aí acabou a Manzuá. Logo depois um ladrão de carros levou como refém duas senhoras (uma com filho no colo), estuprou e matou uma delas. Se houvesse a Manzuá, teríamos poupado a vida e o sofrimento das duas mulheres e da criança – só aí já teria justificado a função da MANZUÀ. O governador é um rei midas ao contrário – pois tudo que ele toca e mexe vira estrume.