(Foto: Ilustração/Rádio Web Juazeiro)

Policiais federais vão às ruas protestar contra as medidas do governo Temer, começando pelo adiamento de reajuste concedido à categoria. Nos protestos, esperam contar com o apoio de outros servidores e movimentos sociais, que garantem proteger até mesmo entrando em confronto com outras forças policiais, se preciso for.

O aviso foi dado anteontem (30) em Brasília por Flávio Werneck, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), durante reunião com representantes do Ministério do Planejamento que tentaram explicar as razões do governo para adiar o reajuste dos servidores públicos federais de 2018 para 2019. O clima esquentou.

“Vamos convocar a população para acabar com esse escárnio que está acontecendo, de inventar que vão poupar R$ 10 bi com o adiamento de acordos firmados com os servidores públicos depois de liberar, de torrar R$ 6 bi em emenda parlamentar, mais R$ 500 bi de calote de Refis (o programa de refinanciamento de dívidas com a Receita Federal)”, reagiu Werneck.

O dirigente da Fenapef advertiu que se a Polícia Militar tentar reprimir os protestos, vai ter pela frente a Polícia Federal garantindo a segurança dos movimentos sociais presentes às manifestações, algo que, admite, os PFs jamais fizeram. “Chega de teatrinho pra colocar a gente pra jogar bomba de gás lacrimogêneo em quem está nas ruas”, ironizou.

Conforme vídeo da reunião, disponível abaixo, Flávio Werneck disse ainda que diante de tantos benefícios concedidos pelo governo a segmentos economicamente poderosos que não pagam impostos, empresários que mantêm em dia suas obrigações tributárias não deveriam mais pagar impostos.

“Se sou empresário no Brasil, não pago imposto nunca mais, porque o governo incentiva o calote previdenciário e tributário. Os policiais federais vão, agora, botar a cara e convocar a população para combater as medidas do governo”, acrescentou.

Ainda no encontro com os técnicos do governo, Flávio Werneck comunicou que a Fenapef vai “promover uma chuva de ações judiciais” contra as medidas “absurdas” do governo Temer.

• Fonte: Blog do Vicente, do Correio Braziliense